A Aston Martin vai parar de comercializar carros a gasolina até 2026 e focar na produção de modelos eletrificados (elétricos e híbridos), segundo informações da revista britânica Autocar.
Ao Financial Times, o presidente da montadora, Lawrence Stroll, falou sobre o porquê da opção pelos híbridos em vez de adotar a eletrificação total — caminho traçado por outra marca de luxo britânica, a Bentley.
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“Não acho que 100% dos clientes da Aston Martin querem um veículo elétrico”, disse o executivo. “As pessoas ainda querem sentir o cheiro, o barulho [dos carros a gasolina]. Estamos gradualmente nos tornando 100% elétricos, mas vamos continuar a oferecer ambas as opções [elétricos e híbridos]. Ainda haverá um componente de eletrificação, mas se alguém quiser um motor a gasolina em 2028, isso será possível.”
Nas entrelinhas, Stroll não quer fazer má propaganda para o DBX 707, novo utilitário midsize da montadora. Com motor V8 biturbo que produz 697 cavalos e 92 kgfm de torque, esse novo Aston Martin a gasolina passa longe de ser uma alternativa zero emissões.
O que não impede o CEO da marca, Tobias Moers, de depositar altas expectativas no novo SUV. À Autocar, o executivo disse esperar que, nos próximos meses, 60% das vendas da linha DBX venham do 707.
DBX 707 é o SUV mais potente da marca
Revelado (de forma não oficial, diga-se) na última terça-feira (1º), o Aston Martin DBX 707 será o utilitário a gasolina mais potente da marca. Para esse projeto, os engenheiros da Aston remodelaram a engenharia do motor V8 4.0, derivado da Mercedes-Benz, liberando 155 cavalos a mais do que a versão anterior.
Entre os ajustes mais significativos, está a introdução de turbocompressores roletados, considerados mais eficientes do que a disposição convencional do turbo, apoiada em dois mancais. O carro também tem um sprint considerável, indo de 0 a 100 km/h em 3s2.
As entregas do Aston Martin DBX 707 começam no fim desse semestre.
Imagem: Aston Martin/Divulgação (Aston Martin DBX 707 no detalhe)
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