Em um cenário de pandemia onde a retomada das atividades tem que acontecer de maneira gradual o setor automotivo foi duramente afetado como apontam os dados divulgados pela Anfavea. Somente no mês de maio as vendas caíram 74,7%, se comparadas com o mesmo período do ano passado. Foram quase 60 dias com a produção interrompida e a retomada efetiva se deu nas últimas duas semanas ainda em patamares 60% abaixo do normal com 4.000 unidades diárias frente a 10 mil no pré pandemia.

Antes do Covid-19, o setor automotivo nacional já vivia a realidade da eletrificação dos carros e grandes lançamentos aconteceram, entre eles o Audi e-Tron. As vendas do crossover  elétrico superou as expectativas da marca, mesmo com o mercado em queda.

Mesmo em um cenário desfavorável, causado pela Covid-19 a Audi optou por lançar o SUV que tem preço de R$ 459.990, mas dois fatores foram essenciais para o não adiamento da estreia do carro: boa aceitação na pré-venda e a estratégia de sustentabilidade da montadora que pretende zerar as emissões de carbono até 2025.

Apesar de não divulgar a expectativa de vendas do Audi e-tron a montadora quer liderar o segmento de veículos elétricos premium neste ano à frente de marcas do mesmo perfil como BMW, Porsche, Lexus e Volvo. Ainda é aguardado para este ano o SUV cupê e-tron Sportback, que também será equipado com motorização elétrica reforçando a estratégia.

De acordo com Johannes Roscheck, presidente da Audi no Brasil, há planos de trazer um terceiro veículo da linha elétrica ao país. A previsão de lançamento é em 2021. Sem revelar qual o modelo, o presidente informa que provas de conceito já foram apresentadas em algumas ocasiões. Especula-se que o modelo a ser lançado seja o Audi A3, que virá de forma 100% elétrica. 

Pensando na expansão do mercado de carros eletrificados, a Audi ainda vai lançar até 2022 cerca de 200 pontos de recarga espalhadas pelo Brasil fruto de um investimento de R$ 10 milhões.

Já no mercado convencional de carros premium, a Audi segue a linha da Anfavea e prevê queda de 35% a 40% no número total de vendas em 2020.

*Por Guilherme Magna

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