A atual geração do Toyota RAV4 tem feito sucesso em vários países. Só nos Estados Unidos, vendeu 480 mil unidades em 2019. Por aqui, dada a proporção do nosso mercado, sua presença foi tímida mas é fato que esse produto aponta para o futuro da marca japonesa. O R7 Autos Carros avaliou por uma semana o RAV4 SV Hybrid, modelo mais caro da gama que sai por R$ 195,9 mil, diferença relevante da versão S que custa R$ 176,9 mil.
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A imponência do estilo inspirado em formas octogonais deixa a RAV4 em destaque onde quer que ela vá. Mesmo seis meses após seu lançamento, há poucas unidades rodando por aí e o utilitário esportivo chama a atenção. As rodas, a grade proeminente e as formas com fortes vincos dão a esperada robustez no conjunto.
O interior caramelo revela-se espaçoso com porta malas de 580 litros, entre-eixos de 2,69m e comprimento de 4,60m. O banco do motorista traz regulagem elétrica com memória de posição e o acabamento se destaca pela qualidade e mescla de materiais.
3 em 1
O título da matéria se justifica aqui. A RAV4 Hybrid tem motor 2.5 a gasolina com injeção direta e indireta de gasolina e 178cv e 22,5kgfm de torque associado a um conjunto de três motores elétricos com 120cv e 20,6kgfm de torque trabalhando com transmissão do tipo CVT. Com 2,2 toneladas de peso, a RAV4 sempre arranca no modo elétrico (EV), e evoluiu com calma no modo “Eco”. Ao superar os 40km/h aciona o motor a combustão com suavidade priorizando a economia. No modo normal, selecionável desde um botão central no painel, o carro fica um pouco mais esperto enquanto na posição “Sport” une os dois propulsores que resultam em 222cv de potência combinada. A direção endurece e as respostas ficam mais precisas, mostrando bom ajuste e uma certa dose de diversão.
A suspensão é do tipo McPherson na dianteira e multibraço na traseira que priorizam o conforto e a tração é permanentemente integral. Apesar disso, em valetas e buracos, a RAV4 parece ter curso reduzido e a atuação do controle de tração é forte quando necessária.
No dia a dia o sistema Toyota Safety Sense deixaram o SUV mais interessante e o deixam alinhado aos concorrentes. Há assistente de permanência em faixa, sensores dianteiros e traseiros com câmera de ré, sistema pré-colisão e controle de cruzeiro adaptativo que mantém distância do veículo que está à frente. Faltou só um sensor de fluxo cruzado, útil nas manobras, especialmente em um veículo de grande porte.
Seu uso diário se mostra surpreendente, com médias de consumo que foram de 14km/litro na cidade a 18km na estrada. A pior média foi de 12,6km e a melhor 19,7km/litro rodando a velocidade constante de 80km/h em via expressa.
Tecnologia com deslizes
Sofisticado, o interior da RAV4 mostra atualização e conectividade. A multimídia tem 7 polegadas e une som com bluetooth, AM/FM a um antiquado CD player. Não oferece Android Auto e Apple Car PLay, motivo de reclamação de alguns compradores do veículo. Também não traz navegação por GPS. Apesar disso o som tem qualidade premium, boa resolução e um sistema de monitoramento de energia que mostra qual motor é utilizado pelo carro, nível da bateria e médias de consumo.
Há entrada USB no console central e também na parte traseira bem como saídas de ar condicionado que é digital com modo automático. Na RAV4 são sete airbags onde ela obteve cinco estrelas no Latin NCAP. A garantia é de três anos.
Concorrentes: nada é fácil no mundo e apesar de ser o único híbrido da categoria o Toyota enfrenta modelos médios bem equipados como o Jeep Compass (a versão mais cara, 4X4 e a diesel, sai por R$ 195,9 mil), Chevrolet Equinox (a versão Premier turbo 2.0 sai por R$ 162,9 mil), Peugeot 3008 (a Griffe Pack sai por R$ 179,9 mil), Volkswagen Tiguan (R$ 187,9 mil na versão R-Line com motor 2.0 turbo). Nivelado aos modelos mais caros, o Toyota vem bem equipado mesmo com alguns detalhes em termos de tecnologia.
Confira o teste com o RAV4 SX Hybrid no canal Autos TV bem como a avaliação com câmera on board.