A Huawei, gigante chinesa de tecnologia e telecomunicações, apresentou a sua segunda colaboração em um carro. O Aito M5 é, nada mais, do que uma evolução do primeiro modelo com mecânica da empresa, o elétrico Seres SF5 — que a QUATRO RODAS já andou. A grande mudança está no inédito sistema operacional do SUV.
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Após ser proibida pelo Google de utilizar o Android em seus produtos (incluindo veículos e smartphones) em função de sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, a Huawei desenvolveu o seu próprio sistema operacional, batizado de HarmonyOS. A plataforma promete tornar o Aito M5 ainda mais conectado, com funções de smartphones, assistentes virtuais e relógios inteligentes.
Além de um alto nível de personalização dos sistemas do veículo e do uso de aplicativos e dispositivos, a central multimídia permite ainda uma integração com sistemas inteligentes da residência do proprietário. É possível, pelo carro, controlar as luzes e os eletrônicos de uma casa. Ou seja, antes de chegar em casa já dá para deixar as luzes acesas e o ar-condicionado ligado.
No visual, o Aito M5 é muito semelhante ao Seres SF5, especialmente por ambos utilizarem os mesmos faróis full LED. No M5, porém, as linhas são mais limpas. A dianteira perde a linha sinuosa de LEDs, que dá lugar a uma pequena barra vertical, enquanto a grade adota um formato mais convencional.
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De lado, a novidade mantém os mesmos vincos das portas, mas o formato das janelas é diferente, assim com os retrovisores e as rodas. A Huawei ainda não revelou imagens da traseira do Aito M5.
O interior também vai na mesma pegada do Seres, com uma grande abertura horizontal que vai de uma ponta a outra do painel, com a grande central multimídia de 15,6 polegadas ao meio. O quadro de instrumentos digital é representado por uma tela curva de 10,4 polegadas.
Um rival para a Tesla?
Para Richard Yu, diretor executivo da Huawei, sim, o Aito M5 é superior ao Tesla Model Y — especialmente quando o assunto é potência e autonomia, mesmo sem divulgar os números de potência e torque vindos dos quatro motores elétricos do SUV.
O que se sabe é que o M5 promete autonomia de 1.242 km no ciclo de testes chinês e uma aceleração de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos — contra 3,7 segundos do rival americano.
A comparação com o Tesla, porém, chega a ser injusta, já que o chinês não é, na prática, um modelo totalmente elétrico. Assim como o Seres SF5, o Aito é um elétrico de autonomia estendida, ou seja, possui um motor a gasolina que serve como gerador de energia para a bateria que, por sua vez, alimenta os motores elétricos.
Por isso, a autonomia declarada pelas empresas une o alcance dos motores elétricos ao extra gerado pelo motor a combustão. É uma boa solução para alcançar longas distâncias, assim como a BMW fazia com o i3. De qualquer forma, Richard Yu garantiu que se trata de um modelo premium pelo nível de refinamento.
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