A Toyota vai revelar nos próximos meses o seu primeiro SUV elétrico e este será direcionado para o mercado europeu, onde a eletrificação está em processo acelerado. O modelo será construído sobre a plataforma e-TNGA.
Trata-se de uma variação da base que sustenta o Corolla, por exemplo, mas que essencialmente utiliza motores elétricos e baterias de íons de lítio.
De acordo com a Toyota, “neste estágio, apenas uma silhueta estilizada e detalhes da arquitetura da plataforma foram liberados.” O interessante, no entanto, é a aparente modularidade das baterias.
A Toyota diz que a e-TNGA permitirá o emprego de tração dianteira, traseira ou integral, nesse caso usando dois motores elétricos, ampliando assim a versatilidade da plataforma, que praticamente vai sustentar o portfólio de automóveis da marca.
Nesse caso, apenas os kei cars, modelos específicos para certos mercados (como a Índia…) e os utilitários, não serão envolvidos nessa arquitetura.
Haverá opções de bateria e, como uma imagem mostra, o carro elétrico da Toyota terá pacotes de células de energia, facilitando assim o aumento e a diminuição do tamanho das mesmas e de seus alcances.
Alguns fabricantes já pensam em módulos de rápida substituição, que não necessariamente seriam como da chinesa NIO, que utiliza estações de troca rápida automatizada, no melhor estilo Better Place.
O caso seria uma atualização via revendedor e a Toyota pode estar pensando nisso como uma forma de ganhar um dinheiro extra.
Isso se daria com um aumento de autonomia no pós-venda do veículo ou na revenda do carro, tanto como oferta atualizada do concessionário como a pedido do novo proprietário.
Essa estratégia também ajudaria a manter a rede autorizada, uma vez que é impossível aumentar a autonomia com base em kWh através de over-the-air (OTA).
Da mesma forma, uma versão full energy poderia ter algumas células retiradas para reduzir seu preço no show room de carros elétricos usados e, talvez o mais importante, dispor da reciclagem rápida de células após oito anos.
A Toyota ainda poderia manter seus clientes ao longo dos anos, permitindo que os mesmos comprem pacotes novos para manter ou ampliar sua autonomia após uma década, ou mais.
