O que você prefere: um carro com motor elétrico ou a combustão? Poderia usar todo esse espaço para defender prós e contras de cada um. No entanto, acho que a melhor experiência no momento pode ser com o dois, e os dias que passei com o 330e me fizeram consolidar essa tese.
Com o combustível caro – na conversão, o litro da gasolina em Los Angeles ultrapassa os R$ 8 e mesmo quem ganha em dólar está reclamando -, contar com a possibilidade de recarregar o carro na tomada ajuda bastante. Esse é o trunfo dessa versão híbrida plug-in do sedã mais vendido da BMW.
Há várias opções de combinações para o acabamento interior (foto: BMW) |
Antes de rodar, os números impressionam: o motor 2 litros turbo entrega 184 cv de potência e, o elétrico, 113 cv. Combinados, oferecem 292 cv e 42,8 kgm de torque. São números suficientes para acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,9 segundos. Ou seja, é um carro pronto para andar rápido. Mas se você quiser rodar sem consumir gasolina, é possível por até 56 quilômetros.
Se não tiver como recarregar o carro, não tem problema: ele vai captar a energia excedente e das frenagens e transferir para as baterias. Nesse caso, o consumo não será tão maravilhoso, mas não irá dar trabalho algum. No entanto, chegar em casa e plugar o carro é bem simples – sua conta bancária e o meio ambiente irão agradecer.
Por falar em baterias e consumo, duas informações devem ser levadas em consideração: de acordo com dados do Inmetro, o sedã pode fazer 23,8 km/l na cidade e 26,8 km/l. As baterias foram instaladas na parte traseira, próximas à suspensão, para manter a divisão de peso em ideais 50:50, ainda que roubem espaço do porta-malas – que ainda possui capacidade para 375 litros.
Com exceção da portinhola para a tomada de força, que fica no para-lama dianteiro direito, esse Série 3 é igual aos demais. Conta com tração traseira, transmissão de oito velocidades e uma posição baixa de direção. Basicamente, o que muda no console são as teclas dos modos de condução, onde é possível optar pela opção puramente elétrica.
Nessa geração, o Série 3 tem forte apelo esportivo no design (foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO) |
As comodidades são de série: piloto automático adaptativo, sensor para mudança de faixa, câmera 360° e ainda é possível realizar vários comandos, como a partida remota, por meio de um aplicativo para smartphone. Além disso, há comandos elétricos para os bancos dianteiros e saída de ar com comando independente para o banco traseiro.
Na Califórnia, o 330e com o pacote MSport (como a versão que vem para o Brasil) custa US$ 46.375 – o equivalente a R$ 257 mil. No Brasil, a taxação é diferente e o mesmo veículo custa R$ 376.950.
Mercado brasileiro
A BMW fechou 2021 na liderança de veículos premium no mercado brasileiro com 32,2% de participação. O fabricante alemão teve 14.523 unidades emplacadas no país entre janeiro e dezembro, alta de 16,3% em relação ao volume comercializado no ano anterior.
A segunda posição ficou com a sueca Volvo, com 8.277 veículos licenciados, o que representou crescimento de 7,5% na comparação com o resultado de 2020. A Audi foi a terceira colocada, com 6.262 licenciamentos. A empresa teve queda de 10% no seu resultado em comparação com 2020.
A Mercedes-Benz conquistou o quarto lugar com 5.414 emplacamentos, queda de 20,7% em relação a 2020. Já a britânica Land Rover cresceu 11,9% em 2021 e acumulou 5.170 emplacamentos ano passado.