A BMW, em parceria com o Centro de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Grupo Solvi e a Energy Source, desenvolveu uma solução interessante e sustentável para o carregamento de veículos elétricos no Brasil: a estação de recarga abastecida com energia solar.
O equipamento atua como alternativa para eventuais problemas de abastecimento de energia e oferece uma solução ecológica para que os clientes da marca possam abastecer as baterias de alta voltagem dos seus carros de maneira limpa.
“O futuro da mobilidade premium será elétrico e o desenvolvimento de uma infraestrutura é essencial”, afirmou Márcio Fonseca Filho, diretor de suporte ao cliente da marca no Brasil, em comunicado à imprensa.
Desconectado do sistema elétrico de distribuição, a estação de recarga foi criada a partir de bateria usadas de diferentes unidades do BMW i3, primeiro modelo 100% elétrico vendido no Brasil.
A estação de carregamento conta com oito conjuntos de painéis solares para converter a energia do sol em eletricidade. Essa energia, então, é armazenada em um banco de baterias usadas formado por seis módulos. O equipamento é acoplado a um inversor que monitora a energia produzida e alimenta os veículos elétricos através do carregador BMW Wallbox.
Segundo a montadora, os testes realizados apresentaram resultados positivos, aumentando a autonomia dos veículos elétricos em 100 km após duas horas de recarga. As informações coletadas poderão permitir, no futuro, que bases móveis sejam usadas em eventos ou lugares mais distantes, ou até mesmo em ambientes sem a chegada da rede elétrica pública.
Novos testes estão programados visando aumentar a capacidade de armazenamento de energia e a diminuição no tempo de carregamento. A proposta do equipamento foi considerada como um dos cinco melhores projetos do Programa mundial de Inovação e Intraempreendedorismo, promovido pela matriz global da BMW na Alemanha, durante o último mês de abril.
De acordo com a BMW, até o ano de 2030 espera-se reduzir a emissão de CO2 por veículo em 80% na produção, 40% no uso e em 20% nos fornecedores; isso, tendo como base de comparação o ano de 2019. Outro beneficio que o projeto traz é a extensão da vida útil das baterias elétricas em meio ao conceito de economia circular.