Em termos de proposta e tecnologia, o BMW i3 sempre esteve à frente do seu tempo. Mas isso não evitará que o pequeno carro elétrico tenha sua produção em Leipzig, Alemanha, será encerrada no final de julho desde ano, praticamente dois anos antes do que se planejava.
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A BMW foi a primeira das marcas premium a iniciar uma ofensiva elétrica, justamente com o BMW i3, lançado em 2013. Estima-se que o desenvolvimento do chamado “Projeto i” tenha custado mais de 2 bilhões de euros, muito devido ao fato de ser completamente diferente dos outros BMW.
As diferenças vão além do design pouco usual, das dimensões ou mesmo do fato de ser um carro elétrico com a opção de ter um pequeno motor a gasolina unicamente para aumentar a autonomia do veículo. Só o investimento para a fabricação do monocoque de fibra de carbono teria custado mais de 700 milhões de euros.
O BMW i3 também tem soluções inovadoras na cabine, que não é grande mas tem disposição interessante para ter algum espaço interno, como o assoalho plano na frente e as portas traseiras com abertura oposta. Também já apostava em materiais sustentáveis há quase dez anos.
O pequeno elétrico da BMW não fez grande sucesso, a despeito de algum aumento na procura nos últimos anos, quando elétricos ganharam mais adeptos na Europa.
O BMW i3 surgiu com autonomia modesta, de 190 km – daí a justificativa para o gerador a gasolina, que permitia rodar mais 120 km. Depois ainda ganhou baterias maiores, chegando aos 280 km e depois, em 2018, aos 310 km de autonomia, quando abandonou o motor a gasolina.
Foram produzidas cerca de 250.000 unidades nos últimos oito anos, mesmo que o i3 tenha ficado meio de lado na gama de produtos da BMW – especialmente depois do incompreendido esportivo híbrido BMW i8 ter saído de linha, há dois anos.
Após a criação dos i3 e i8 a BMW deu uma pausa na ofensiva com carros elétricos e está retomando isso agora com o SUV iX e sedã i4. Eles driblam algumas das críticas dos primeiros modelos: se parecem com outros BMW e tem maior espaço interno.
Substitutos mais convencionais
A fábrica de Leipzig será responsável pela fabricação da nova geração do BMW Série 2 Active Tourer e, a partir de 2023, passará a fabricar a nova geração do Mini Countryman em versões híbrida e elétrica.
Na visão da BMW, a tendência é que quem buscar um elétrico urbano encontrará nos Mini elétricos ou em um futuro BMW iX1 uma opção mais prática e espaçosa.
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