A BMW apresentou o i4, na quarta-feira (17), a mais recente adição à sua linha de carros elétricos. O objetivo da montadora de luxo é aumentar o portfólio de modelos eletrificados, no entanto, deixou claro que ainda vai produzir veículos com motores a gasolina em um futuro próximo.
O presidente da BMW, Oliver Zipse, disse em uma coletiva online que a empresa continuará desenvolvendo, construindo e vendendo carros com motores a combustão, incluindo híbridos. “Se não houver clientes [para esses veículos] em nossos 140 mercados, vamos parar de produzi-los”, disse ele.
Esta é uma diferença em relação as outras grandes montadoras. Embora não esteja firmemente comprometida, a General Motors disse que planeja vender apenas veículos sem emissão de carbono até 2035. Já a Volvo anunciou recentemente que se tornará uma marca de carros totalmente elétricos até 2030.
A BMW, no entanto, não está estabelecendo um prazo para quando ou se vai se tornar uma montadora totalmente elétrica.
Mas alguns países e estados já disseram que planejam proibir a venda de carros movidos a combustão interna em um futuro não muito distante. A Great Britan e o estado da Califórnia nos Estados Unidos propuseram essas proibições, incluindo híbridos, até 2035. Já a Noruega quer que todos os carros de passageiros e vans novos tenham emissões zero até 2025.
A estratégia da BMW tem sido manter a flexibilidade em sua engenharia para que suas fábricas possam mudar rápida e facilmente à medida que a montadora desenvolve novos carros, conforme a demanda do mercado muda de motores a combustão até elétricos.
“Somos muito mais flexíveis do que o mundo pensa que somos”, disse Zipse.
A BMW divulgou poucos detalhes sobre seu novo sedã elétrico i4, além de imagens do exterior. É um carro de quatro portas semelhante em perfil ao BMW série 4 movido a gasolina. Ele estará disponível em versões com até cerca de 300 milhas (cerca de 482 quilômetros) de autonomia estimada pela EPA dos EUA e pode produzir até 530 cavalos de potência.
Em novembro do ano passado, a BMW apresentou o iX, um SUV totalmente elétrico que pretende ser o modelo da marca de veículos elétricos “i”. O iX deve entrar em produção ainda neste ano. O i4 também deve estar à venda na Europa no final deste ano e nos Estados Unidos no início do ano que vem, disse um porta-voz da BMW.
A BMW oferecerá modelos elétricos em 90% dos segmentos de mercado em que compete até 2023, disse a empresa em um anúncio. Em 2030, a empresa espera que cerca de metade de suas vendas globais seja de veículos elétricos.
Mas há pelo menos uma marca no BMW Group que está totalmente elétrica. A divisão Mini da BMW oferecerá apenas carros elétricos em meados da década de 2030, anunciou a empresa.
Os carros pequenos do Mini, que frequentemente percorrem distâncias curtas em ambientes urbanos, são adequados para compradores de carros elétricos, disse Zipse.
Atualmente, a Mini oferece um modelo totalmente elétrico, o Mini Cooper SE. Uma versão de próxima geração do Mini Countryman SUV, que entrará em produção em 2023, também estará disponível em uma versão elétrica.
A BMW também é dona da Rolls-Royce, a marca britânica ultraluxuosa que vende carros como o Rolls-Royce Ghost e Phantom, que custam centenas de milhares de dólares. Não há planos de fazer da Rolls-Royce uma marca exclusivamente elétrica, mas um modelo elétrico será lançado em breve, disse Zipse.
“Haverá um Rolls-Royce elétrico nesta década e provavelmente não no final desta década”, disse Zipse.
(Texto traduzido. Para ler o original, clique aqui.)