Mais uma fabricante de carros elétricos da China está de olho no crescente mercado do Brasil e quer apresentar algo novo para não ser apenas mais uma na briga por um lugar ao sol. Literalmente. A BYD, que em junho deste ano emplacou seu furgão eT3 como o carro elétrico mais vendido do país, resolveu inovar.
A marca, que ficou à frente da Tesla em número total de veículos elétricos vendidos no mundo em agosto, hoje trabalha de forma discreta por aqui, voltada quase exclusivamente para o mercado corporativo. Isso, no entanto, parece estar prestes a mudar.
A BYD anunciou, recentemente, que o SUV híbrido Song Plus, com a assustadora autonomia de 1.200 quilômetros, está a caminho do mercado verde-amarelo. Nesta segunda-feira (25), a marca divulgou mais uma grande novidade, confirmando a intenção de entrar de vez na venda de carros elétricos para pessoas físicas no Brasil.
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De acordo com uma reportagem do Valor Econômico, a empresa chinesa está preparando um pacote completo para o consumidor que quiser um carro da marca. A ideia, além de oferecer o carro em si e o carregador veicular, como já fazem outras marcas, é dar aos futuros proprietários a chamada “experiência completa”. Ou seja: acrescentar ao pacote um painel solar para gerar a energia que irá para o carregador e, na sequência, para o veículo.
A informação foi confirmada por Henrique Antunes, diretor comercial da BYD no Brasil, ao site MobiAuto: “Esse será o primeiro pilar de nossa estratégia. Queremos criar um engajamento do consumidor com a marca, através de concessionárias interativas que venderão painéis, banco de baterias para casa”.
Investimento pesado
Oferecer um serviço ainda inédito para os consumidores do Brasil terá um preço alto. A BYD deverá investir R$ 38,4 milhões nas instalações da empresa em Campinas, interior de São Paulo.
A ideia é investir em equipamentos que possam permitir triplicar a produção de painéis com células fotovoltaicas e a fabricação de baterias para carros elétricos. Atualmente, a planta produz 150 MW, mas tem potencial para 670 MW. A intenção é chegar a produzir 1 GW em um futuro próximo.
Como não faz parte do plano da BYD a produção efetiva dos carros elétricos no Brasil, ela está em negociações com 20 grupos de concessionárias do país, que ficariam responsáveis pela comercialização dos modelos que desembarcariam por aqui. A fabricante chinesa, por sua vez, focaria no mercado de baterias e dos painéis solares para, enfim, proporcionar a “experiência completa” a quem resolver investir em seus carros elétricos.
Fonte: Valor Econômico, MobiAuto, BYD
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