Carregar um carro elétrico na Europa é uma tarefa quase impossível. Faltam postos de carga e opções de pagamento para estrangeiros, concluiu o Tribunal de Contas europeu numa análise ao investimento em infraestruturas nesta área entre 2014 e 2020 divulgada esta terça-feira. Portugal é um dos 13 países da União Europeia que não cumpriram as metas de carregadores.

Por exemplo, se um condutor português quiser carregar um automóvel em Espanha, tem de ter várias opções prontas: instalar uma aplicação de telemóvel, utilizar um cartão de crédito ou mesmo um cartão específico para os postos de carregamento.

Caso um condutor espanhol queira carregar um automóvel em Portugal, é obrigado a ter um contrato com um comercializador de eletricidade para a mobilidade elétrica (CEME), que fornece um cartão físico à rede de mais de 1400 postos de acesso público da Mobi.E. Apenas desta forma poderá dar bateria ao automóvel. É para situações como esta que o Tribunal de Contas europeu chama a atenção no relatório.

“Não existem sistemas harmonizados de roaming com requisitos mínimos que permitam aos utilizadores de veículos elétricos recorrer a todas as diferentes redes de carregamento da UE sob um contrato único. Assim, dependendo dos operadores de pontos de carregamento e prestadores de serviços de mobilidade a que recorrem, os condutores de veículos elétricos podem precisar de assinaturas múltiplas e utilizar diferentes métodos de pagamento”, apontam os auditores.

O Tribunal de Contas europeu recomenda que se desenvolvam soluções de pagamento próprias para este tipo de situações. A utilização de cartões de crédito e o uso de aplicações móveis que não impliquem contratos com comercializadores são as principais sugestões.



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