Disposição do motor elétrico, com entrega de todo o torque imediatamente, torna a condução do Nissan Leaf agradável
Carro elétrico tem todo o torque disponível em 0,1 segundo. Resposta ao comando do acelerador é instantânea. Significa ultrapassar num curto espaço de tempo, tornando a manobra segura e prazerosa. Nem motor a combustão com turbo tem tanta disposição quanto o elétrico. Dirigimos o Nissan Leaf de segunda geração, em Florianópolis (SC).
O Nissan Leaf já está à venda no Brasil com preço de R$ 195 mil, incluindo o kit completo de recarga para casa e rua. Preço do Nissan Leaf inclui instalação, um cabo de recarga de emergência e adaptador para plug do tipo 2.
O Nissan Leaf tem garantia de três anos sem limite de quilometragem. Bateria de íon-lítio laminada tem garantia de oito anos ou 160 mil quilômetros. Por enquanto, é vendido na rede Nissan em São Paulo, Rio, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Brasília.
Bateria do Nissan Leaf é composta por 24 módulos com 8 células dentro e pesa 300 kg, cerca de 20% do peso total do carro, de 1.500 quilos. Motor elétrico tem potência de 110 kw, equivalente a 149 cv a 9.795 rpm. Torque é de 32,6 kgfm a 3.283 rpm. São 8,19 voltas do motor para uma da roda.
O desempenho do Nissan Leaf é incrível e força (torque) total em fração do segundo faz o elétrico ter toda disposição o tempo todo. Essa é a principal diferença do motor elétrico em relação ao motor a combustão. Excluindo a motorização, o Leaf é o mesmo carro ao qual estamos habituados.
O Leaf tem qualidades e mazelas dos automóveis com motor à combustão. É um carro médio com amplo espaço interno, porta-malas de boa capacidade (435 litros). Uma direção assistida eletricamente sem comunicação de aderência; suspensão com eixo de torção na traseira que não isola as transferências das imperfeições do piso acentuadas pelos pneus de perfil baixo (50); bancos com assentos curtos não apoiam totalmente as pernas.
Seis airbags, controles de tração e de estabilidade, além dos itens de condução autônoma com alertas de mudança de faixa, de ponto cego e de atenção ao motorista; assistente de frenagem de emergência, visão 360 graus com detector de movimento. Segurança em alta com nota máxima obtida no teste de impacto do Euro NCAP.
O que interessa mesmo no Nissan Leaf é novidade sob o capô. Ao colocar o motor em funcionamento é preciso olhar as luzes do painel, pois não há ruído habitual do motor a combustão. Na alavanca de marchas há somente modos D, Ré e Neutro.
A Nissan destaque no Leaf a tecnologia do e-Pedal, que permite utilizar somente o pedal para acelerar, desacelerar e parar o carro. Basta soltar o pedal do acelerador para o carro perder velocidade e parar de forma gradual, com ligeiro tranco, sem acionar o pedal de freio. Em frenagem de emergência, aciona-se o pedal de freio.
Autonomia do Leaf
Autonomia do Nissan Leaf é de 389 km no ciclo WLTP. Há três modos de condução: ECO, que limita o desempenho e economiza energia; B, que usa frenagem regenerativa mais potente para recarregar a bateria com mais eficiência, enquanto modo D usa potência máxima do motor.
A dificuldade inicial é a desaceleração quando o carro quase para ao retirar totalmente o pé do acelerador. Adaptação muito fácil depois de alguns minutos. Basta manter ligeira pressão para se sentir à vontade.
Nissan Leaf importado para o Brasil é fabricado na Inglaterra e não necessita de adaptações para ser vendido aqui. Tem 15,5 centímetros de altura do solo e a bateria sob o assoalho é totalmente blindada e resistente a impacto. Não requer cuidados especiais. O Leaf mede 4,48 metros de comprimento; 1,79 m de largura; 1,56 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos.
Preços de revisão no Nissan Leaf
Somadas as revisões obrigatórias feitas na rede autorizada da Nissan até os 60 mil km, em todas essas seis revisões, o proprietário do Nissan Leaf desembolsará R$ 2.404 (com mão de obra inclusa em todas).
Fotos do Nissan Leaf 2020
Descarte das baterias dos caros elétricos
De acordo com a Nissan, os carros elétricos significam uma revolução no modo de vida pela total ausência de ruídos e de poluentes. Um dos entraves da eletrificação é justamente a poluição provocada pelo descarte da bateria. A Nissan faz parceira com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para estudar soluções futuras para as baterias usadas.
Uma delas é usar baterias descartadas do carros elétricos para armazenar energia de postes de luz equipados com painel solar fotovoltaico. Cinco postes de luz solar já iluminam parte do pátio do laboratório do centro de pesquisa e capacitação em energia solar da UFSC. Esses postes são alimentados por uma combinação de paineis solares no topo e baterias usadas do carro elétrico na base.
Os postes funcionam totalmente independentes do sistema de energia elétrica da universidade, dispensando cabos ou tomadas. São alimentados pela energia solar. Segundo o professor Ricardo Rüther, coordenador do Laboratório de Voltaica da universidade, o estudo reforça diversas possibilidades de aplicação das baterias elétricas de segunda vida unindo três pilares da pesquisa: mobilidade elétrica, energia solar e armazenamento de energia.
Para a Nissan, carro elétrico é questão de saúde pública nos centros urbanos ao eliminar poluentes emitidos pelos motores a combustão, inclusive quando abastecidos com álcool, e a poluição sonora deles. E sustenta que o custo por quilômetro rodado de um elétrico é de 10 centavos contra 30 centavos dos carros a combustão. O tão falado efeito estufa é provocado pelo C02, que não é poluente, emitido pelos motores a combustão.
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Fotos Nissan | Divulgação