Carro Eletrico
A chamada “bateria como serviço” poderia “reduzir consideravelmente o custo de compra”, afirmaram analistas do Credit Suisse Group no início desta semana (Imagem: pixabay)

As baterias são de longe o componente mais caro de um veículo elétrico e a oscilação dos preços das matérias-primas dificulta a redução desse custo.

As chinesas NIO e Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL) pretendem aliviar esse peso, permitindo que os clientes aluguem baterias separadamente dos carros, baixando o valor inicial da compra do automóvel.

Com essa abordagem, os clientes podem comprar apenas a estrutura externa e aceitar pagar o aluguel da bateria. Eles também podem substituir a bateria por uma melhor e mais nova no mesmo carro, considerando que essa tecnologia tem avançado rapidamente.

Essa fórmula poderia expandir a base de potenciais clientes e ajudar a impulsionar as vendas de montadoras como a NIO, que apresentou uma parceria independente de baterias com a CATL em Pequim nesta quinta-feira.

Sob a nova fórmula, o preço inicial do utilitário esportivo ES6 da NIO sem bateria seria 273.600 yuans (US$ 39.500)e o aluguel mensal da bateria sairia a partir de 980 yuans, informou a NIO. Os clientes podem optar por comprar o veículo completo, com bateria incluída, por 343.600 yuans.

A chamada “bateria como serviço” poderia “reduzir consideravelmente o custo de compra”, afirmaram analistas do Credit Suisse Group no início desta semana.

O controle do novo empreendimento — que lidará com aluguel, carregamento, manutenção e atualização de baterias separadas — será compartilhado pela NIO e pela gigante de baterias CATL. Os outros investidores são Guotai Junan Financial Products e o Grupo de Investimento em Ciência e Tecnologia da Província de Hubei, apoiado pelo governo.

Os quatro parceiros vão investir inicialmente 200 milhões de yuans no projeto, batizado Wuhan Weineng Battery Asset Management. Mais investidores estão no processo de adesão, afirmou William Li, CEO da NIO.

Até agora, a NIO é a única fabricante de veículos elétricos a oferecer modelos com baterias intercambiáveis a pessoas físicas. Embora esteja à frente da concorrência no conceito de bateria como serviço, o páreo é acirrado. Mais de 61.000 veículos Tesla foram licenciados na China este ano, enquanto a NIO entregou 17.702 veículos até julho.

A NIO não vende no exterior, mas Li avisou na quinta-feira que planeja entrar na Europa no segundo semestre de 2021. Mais regiões serão adicionadas no ano seguinte e a montadora estará nos “principais mercados globalmente” até 2023-2024, segundo o executivo.

As vendas de veículos movidos a energias novas, incluindo carros elétricos, devem chegar a 1,1 milhão de unidades este ano na China, com a Tesla abocanhando uma fatia de 10%, segundo a projeção da Associação de Fabricantes de Automóveis do país.al

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