A indústria automotiva está caminhando para um caminho mais sustentável e a tendência é que, em alguns anos, todo carro produzido pelas montadoras tenham o motor elétrico.
Embora essa propulsão ainda seja cara e sua popularização ainda está acontecendo, ela não é exatamente nova. O primeiro carro elétrico foi inventado no final do século XIX, mas não vingou devido à falta de autonomia.
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Mas na década de 1980 também teve um carro elétrico que teve poucas unidades produzidas: O Bradley GTE Electric. O modelo que se limitou a 50 unidades foi construído sobre a plataforma de um Fusca e equipado com um banco de baterias de chumbo-ácido e um grande motor elétrico que aciona as rodas traseiras.
E um desses exemplares – provavelmente o único que ainda está “inteiro” – está sendo vendido nos Estados Unidos através do EBay. O vendedor está pedindo US$ 4,9 mil (aproximadamente R$ 24,7 mil na cotação atual). O preço pode parecer baixo, porém, esse carro elétrico do passado vai precisar de uma série de reparos.
A começar pelas vedações de porta desgastadas, um interior sujo, descascado e completamente bagunçado. Somado a isso, as baterias também estão com problemas. O vendedor faz questão de avisar sobre todos os problemas mas alerta: após a restauração o modelo pode ficar mais caro, devido a sua raridade.
O carro elétrico da Bradley Automotive
A Bradley Automotive foi fundada com base na empresa Gary’s Bug Shop, um fabricante especializado em fibra de vidro que fabricava vários corpos de buggy tipo Meyers Manx. O processo de desenvolvimento de seus modelos ficou marcado pelo baixo custo – estima-se que algo na casa dos US$ 2 mil – pelo fato de grande parte do projeto ser feito de carroceria de fibra de vidro.
O Bradley GTE Electric foi baseado em seu antecessor GT II e manteve uma carroceria de fibra de vidro e um chassi retirado inalterado do Fusca. A eletricidade era fornecida por um banco de baterias de 16 x 6 volts que foram conectadas em série para um total de 96 volts.
O motorista ainda podia alterar entre os estilos de pilotagem “Boost” ou “Cruise”. O primeiro fornece 96 volts completos e o segundo 48 volts, é como se fosse um modo com mais desempenho e outro de maior autonomia. Um anúncio da época dizia que uma carga completa poderia ser obtida em até 8 horas e custava cerca de US$0,40. O alcance dela, no entanto, não foi divulgado.
O motor elétrico desenvolve apenas 21 cv, o que não é muito. Mas graças à carroceria leve, o carro elétrico da Bradley pode chegar aos 121 km/h.
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