Um carro que mais parece saído da garagem de Bruce Wayne foi responsável por feito histórico no certame automobilístico neste domingo (26): um Spéirling, desenvolvido pela fabricante inglesa de veículos elétricos McMurtry e dirigido pelo ex-piloto de F1 Max Chilton, realizou o trajeto hill climb do Festival de Goodwood, em West Sussex, Inglaterra, em 39,08 segundos.
É o tempo mais veloz desde que o piloto Nick Heidfeld e sua McLaren MP4/13 cravou o recorde original há 23 anos – 2 segundos mais lentos que o elétrico britânico futurista. É possível ver a tentativa inteira (assim como o momento em que o carro é alvo de aplausos) abaixo:
Embora não seja sua primeira vez no Festival – o Spéirling foi revelado em Goodwood ano passado – esta é a tomada de tempo inaugural da máquina como um carro de competição. Seu sistema elétrico produz potência o bastante para ir de 0 a 100km/h em 1,5 segundo, e um sistema de ventoinhas tenta manter o carro preso ao solo como se fosse um bólido de F1. O resultado é a capacidade de realizar curvas em alta velocidade.
McMurtry não foi o único elétrico a tentar a sorte no fim de semana. Além dele, Porsche e Ford colocaram a teste seus modelos movidos à bateria – incluindo uma van superveloz. Muitos destes elétricos terminaram no Top 10.
Abaixo, um desfile de supercarros curiosos, barulhentos – e nem tão barulhentos assim.
O motor à combustão tem aberto espaço para soluções elétricas no automobilismo – e não é de hoje. A Fórmula 1 já adota um sistema híbrido há algumas temporadas, algo que as diretorias da IndyCar e da Nascar também estão de olho. A organização do RallyCross, por sua vez, planeja apostar em 100% elétricos em 2022.
Vale lembrar que a Formula-E, liga elétrica organizada da Federal Internacional de Automobilismo (FIA), já está em sua oitava temporada.
Fora das pistas, a realidade para consumidores querendo trocar seus carros à combustível ainda é dificultosa: o preço elevado de veículos elétricos – compactos eletrificados ainda partem da casa dos 160 mil reais – e a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 50% maior do que a dos carros movidos a combustíveis, são impecilhos para a adoção no Brasil.