A Europa deverá contar com mais de 33 milhões de veículos elétricos (carros 100% elétricos e híbridos plug-in) nas suas estradas até 2030. Mas este crescimento vai precisar de ser acompanhado por um investimento nas infraestruturas de carregamento.

Atualmente, existem 213 mil pontos de carregamento nos países europeus, e apenas um em cada dez é de carregamento rápido. Mas dado o esperado aumento da procura, vão ser necessários um total de 1,3 milhões até 2025 e três milhões até 2030.

A conclusão é de um estudo divulgado pela consultora EY que analisa as tendências deste mercado.

Para atingir o valor de três milhões de pontos de carregamento vão ser necessários investimentos de cerca de 20 mil milhões de euros, tendo em conta os 33 milhões a 44 milhões de veículos elétricos que vão circular nas estradas europeias até 2030.

Mas há mais investimento a ser realizado: 25 mil milhões de euros para investir em redes energéticas para fornecer a eletricidade necessária aos postos de carregamento para carros elétricos.

Dos 308 milhões de veículos atualmente a circular nas estradas europeias, apenas três milhões são elétricos, com este valor a crescer na próxima década, sublinha a EY.

A consultora destaca que as medidas regulatórias estão a ficar cada vez mais duras para os carros de combustão interna.

Até 2030, os automóveis precisam de emitir menos 37,5% de dióxido de carbono, com a meta a ficar em menos 31% para as carrinhas.

Nos próximos nove anos, os veículos elétricos devem atingir um peso de 35% a 40% nas vendas totais de automóveis na Europa, contra os 3% de 2019.

Entre janeiro e novembro de 2020, um em cada dez carro vendido na Europa é 100% elétrico ou híbrido plug-in.

No caso dos transportes, e das metas que impõem a redução das emissões em 55% nos próximos anos, a EY conclui que é “essencial acelerar a transição para a eletrificação da frota. Para tal, é preciso: objetivos políticos alinhados com as oportunidades comerciais no sentido de uma regulamentação coesa; novos modelos de financiamento para infraestruturas de carregamento pública e privada; um novo foco na cadeia de fornecimento ponta a ponta; melhorar a confiança do consumidor com a ampliação da infraestrutura física; e uma interface digital perfeita do veículo à rede”.

No estudo, a EY aponta a importância que as frotas das empresas vão ter na descarbonização. Apesar de contar com um peso de apenas 20% no parque total de automóveis na Europa (correspondendo a 63 milhões de veículos), “o sector de frotas da Europa é desproporcionalmente prejudicial ao meio ambiente”.

“É responsável por mais de 40% do total de quilómetros percorridos e metade das emissões totais do transporte rodoviário na Europa. Além disso, as lições aprendidas com a aceleração da eletrificação da frota – como o desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis que apoiem o investimento em infraestrutura de carregamento e a integração da capacidade de carregamento inteligente –, permitirão que o mercado secundário e mais amplo de veículos de passageiros faça uma transição mais rápida”, destaca a consultora.



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