E maio, o Jornal do Carro contou que a BYD planeja lançar no Brasil o elétrico D1, feito para motoristas de aplicativo. Pois o modelo, que tem porta traseira corrediça do lado direito e interior amplo, já está em testes em São Paulo via aplicativo 99. Uma unidade está disponível para os passageiros da capital paulista. Inclusive, o BYD D1 foi feito em parceria com a Didi Chuxing, gigante chinesa de mobilidade que é a dona do app de corridas.
A montadora ainda não anunciou o preço do veículo, mas a estimativa é de que custe cerca de R$ 260 mil. Mas, apesar do preço ainda utópico para a maioria dos motoristas de apps no País, o BYD D1 promete muita eficiência. O pacote de baterias de 50 kWh, por exemplo, entrega autonomia de até 317 km quando carregado. Já o motor elétrico gera o equivalente a 136 cv de potência e 18,3 mkgf de torque, com velocidade máxima de 130 km/h.
Segundo diretor de vendas, Henrique Antunes, a BYD Brasil pretende se firmar no segmento comercial. Para isso, a montadora já conversa com diversas locadoras e empresas de motoristas de aplicativo. Segundo o executivo, o elétrico D1 será uma alternativa para “empresas que necessitam de um veículo diferenciado e versátil para executivos, e que atende frotistas e governos em trabalhos executados por prefeituras e policiamento, por exemplo”.
Entretanto, por ora, não se sabe como o modelo será comercializado por aqui. Na China, há um bônus para incentivo na compra de carros elétricos pelo governo. Além disso, não está claro se o BYD D1 será exclusivo para motoristas do app 99, ou se ficará disponível ao público geral – como no mercado chinês. Ou mesmo outros apps, como o Uber.
Compacto e espaçoso
Com foco no uso urbano, o BYD D1 traz um motor elétrico com desempenho modesto. Mas, segundo Henrique Antunes, o pacote de baterias Blade de 50 kWh tem carregamento rápido e recupera de 30% a 80% em até 35 minutos em estações de carga rápida, como a que foi inaugurada na zona Norte da capital paulista. A autonomia total é de até 317 km.
No Brasil, o D1 será o terceiro carro da BYD. Aqui, a chinesa já comercializa o SUV de 7 lugares Tan e o sedã grande Han. Visualmente, o modelo tem formas de monovolume. Assim, é um carro compacto com amplo espaço interno. Ele mede 4,39 metros de comprimento e tem distância entre-eixos generosa de 2,80 metros. Além disso, tem porta corrediça elétrica na lateral direita para facilitar o embarque e desembarque de passageiros.
Embora seja simples, o novo carro elétrico da BYD vem com farta lista de equipamentos. Há, por exemplo, sistema de direção autônoma de nível 2, com recursos como frenagem de emergência e alertas de saída de faixa e de colisão com detector de pedestres. Além disso, tem inteligência artificial que analisa voz e vídeo, com reconhecimento facial.
Por dentro, o painel tem central multimídia de 10,1 polegadas que reúne sistemas de entretenimento e demais funções do veículo. O equipamento faz a verificação do motorista, embarque e desembarque, pagamento e atendimento ao cliente. Por fim, para os passageiros, há duas telas sensíveis ao toque atrás dos bancos dianteiros com entradas USB.
Uber quer carro elétrico
Rival direta da 99, a Uber também quer ampliar a quantidade de carros elétricos na frota. Em 2020, a startup anunciou que suas corridas serão feitas apenas com veículos alimentados por baterias até 2040. Contudo, em países como Estados Unidos, Canadá e outros na Europa, a plataforma pretende disponibilizar esses modelos até 2030.
Em alguns mercados, já existe o programa Uber Green em que o passageiro escolhe se vai viajar em um carro elétrico ou híbrido por mais US$ 1. Com isso, a Uber vai investir mais de US$ 800 milhões até 2025 para estimular motoristas a trocarem seus veículos a combustão por eletrificados. E vai a pagar mais para quem dirigir carros de “emissão zero”.