Uma carreta que levava os três UTVs da equipe Giaffone para o Rali dos Sertões 2021 sofreu um acidente na BR-101, na altura de João Pessoa (PB).
Na carreta estavam os três UTVs que a equipe desenvolveu para a edição deste ano que larga na praia de Pipa (RN) e termina, na nona etapa, na Praia de Carneiros (PE) e terá um total de 3.548 km rodados.
No transporte, os UTVs vão na parte de cima, em área aberta, enquanto na parte de dentro são levadas as peças e todo o equipamento de equipe e de oficina que será utilizado durante as etapas para reparos e revisões.
De acordo com informações da própria equipe Giaffone, o motorista da carreta não teve ferimentos, mas os danos aos carros ainda não foram estabelecidos a ponto de garantir a participação no rali, mas “vão fazer todo o possível” para estar na disputa.
Os danos foram consideráveis porque quando a carreta capotou os carros acertaram um guardrail ao cair do caminhão, o que pode ter danificado o chassi e impedir, por questões de segurança, o uso dos carros.
O motivo do acidente ainda não foi esclarecido, mas acredita-se que foi um problema mecânico que levou ao acidente.
UTVs nacionais, híbridos e com uso de nióbio
Os UTVs são uma derivação que surgiu há alguns anos com base nos quadriciclos. No caso dos três modelos que estavam no acidente, eles foram projetados e desenvolvidos do zero pela Giaffone Racing em parceria com a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e foram batizados de EXO Nb.
O chassi dos três exemplares usa nióbio, uma liga de metal que torna a estrutura mais leve, mas com a mesma capacidade de rigidez estrutural necessária para segurança de piloto e navegador e também para a dirigibilidade do UTV. Segundo a CBMM, os EXO Nb ficaram até 10% mais leves com o uso do minério.
Além da inovação no uso de nióbio, os três UTVs também vinham com motorização diferenciada, sendo que dois deles são híbridos a etanol e um terceiro apenas a etanol.
Os três usam motor de moto, o quatro cilindros de 1.340 cm³ da Suzuki Hayabusa que entrega 197 cv e 15,8 mkgf. De acordo com a Giaffone Racing, sem qualquer modificação para aumento de potência ou sobrealimentação (turbo ou supercharger), apenas a preparação para rodar com etanol.
As duas unidades híbridas, usam o motor a combustão para tracionar o eixo traseiro enquanto trabalha com um motor elétrico no eixo dianteiro, transformando o modelo em um 4×4 híbrido.
Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.