No dia do lançamento da frente, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que o Brasil já está atrasado em relação à Europa na substituição dos motores a combustão pelos elétricos. Izalci destacou que diversos países europeus já estabeleceram limites temporais para a circulação de motores a combustão em suas vias. Para o senador, porém, não basta tratar de cronograma; é preciso pensar em toda a cadeia.
“Entre diversos outros assuntos relevantes, precisamos começar a discutir a tecnologia que vamos desenvolver ou utilizar, que padrões serão adotados ou como vamos adaptar as distribuidoras de energia para o atendimento dessa nova demanda”, declarou.
Há, também, um grande ganho ambiental, pois a ausência de emissões de escapamento dos motores elétricos favorece o uso desses veículos nas zonas centrais das cidades, especialmente naquelas em que a poluição do ar é um problema a ser combatido. Em outras palavras, o motor elétrico tem menos custo, é mais ágil e menos poluente que os motores convencionais.
O estudo ressalta que, apesar das inúmeras vantagens técnicas, os carros elétricos ainda são comercialmente limitados, principalmente pelos obstáculos relativos ao armazenamento da energia elétrica e pela infraestrutura pública de recarga — ou seja, os eletropostos disponíveis para uso ainda não têm nem de longe a mesma presença que a dos postos de combustíveis. De acordo com o texto, porém, este é um cenário em rápida mudança, particularmente nos países mais desenvolvidos.
Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) confirmam essa tendência de expansão apontada no estudo. Segundo a associação, o país tem hoje cerca de 1,5 mil eletropostos nas principais cidades e rodovias, e deve chegar a 3 mil até o final do ano.
Sobre outra desvantagem — o preço do carro elétrico —, os autores do estudo avaliam que o custo do produto tende a diminuir com a popularização dos modelos de entrada.