Só em 2020, as vendas de carros elétricos dobraram e os híbridos triplicaram na Europa. Por lá, muitos governos estimulam os consumidores a optarem por esses veículos com diversos incentivos fiscais. Sobre a questão da sustentabilidade também, como a diminuição de gases e poluentes na atmosfera. O Tarde Nacional desta terça-feira (13) conversou com o chefe da Divisão de Motores e Veículos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Renato Romio. 

Segundo ele explica: “o carro elétrico pode ser abastecido sim com uma tomada normal, na própria residência, mas a potência da corrente é pouca. Então vai demorar mais o abastecimento. Nos postos de gasolina é bem mais rápido e na hora que você clica naquelas tomadas você consegue abastecer o carro em 4h, mais ou menos. Na sua casa, você teria que deixar cerca de 8, 10h para carregar. A outra opção é instalar um eletroposto na própria residência, que é uma forma de você colocar um carregar rápido na sua casa. Mas o sistema elétrico de sua casa também terá de ser redimensionado para poder carregar ele de forma rápida”, observa o professor.

Na entrevista, Romio menciona que o custo do carro elétrico é mais eficiente. Apesar de colocar uma energia mais cara dentro dele. Então, no final, um custo por km rodado é bem mais baixo que o da gasolina. Mas não chega a compensar o custo inicial do carro. Só que para rodar ele é mais barato. 

A venda de carros elétricos em países em desenvolvimento é baixa, diferentemente do que ocorre na Europa. Mas com condições favoráveis o carro pode ser produzido no Brasil e exportado.   

 

“Fala-se muito em carro elétrico, mas países em desenvolvimento ficarão muito tempo com motores à combustão. O Brasil ainda tem o álcool para ajudar a amenizar a questão dos poluentes, porém a grande maioria dos países, inclusive o Brasil, utilizarão o petróleo por muito tempo”, conclui Romio.

 

Confira a entrevista completa, no player acima. 

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