Quando testados no cotidiano, a quantidade de dióxido de carbono emitido pelos híbridos plug-in seria até três vezes maior do que o anunciado
Uma série de estudos feitos na Europa apontam que os carros híbridos do tipo plug-in estão emitindo mais dióxido de carbono (CO2) do que se pensava. Em alguns casos, a liberação dos gases poluentes chega a ser três vezes maior do que o anunciado pelas fabricantes.
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A razão para essa diferença seria a forma como os veículos são utilizados por seus donos. Os carros híbridos possuem dois motores, um a combustão e outro elétrico. No caso dos plug-in, devem ser conectados a uma tomada para recarregar as baterias que alimentam o motor elétrico.
Contudo, se a bateria estiver sem energia, eles podem fazer uso exclusivo do motor a combustão. Com isso, perdem-se os benefícios que a tecnologia oferece de redução de emissões.
De acordo com especialistas, grande parte dos proprietários de carros híbridos não têm o hábito de recarregá-los. Assim, os veículos rodam apenas com o motor a combustão, multiplicando as emissões de CO2.
Os testes foram feitos com base no uso cotidiano dos carros.
Também se descobriu que, ao deixar de fazer uso do motor elétrico, quando a energia acaba, o catalisador do motor a combustão demora para entrar em funcionamento.
O dispositivo precisa estar em determinada temperatura para realizar sua função – a de reduzir as emissões. Contudo, é ativado frio e demora três minutos até se normalizar. Nesse tempo, mais poluentes são emitidos do que seriam em mil quilômetros rodados na temperatura ideal.
Outro fator apontado por especialistas para explicar o aumento nas emissões é o peso dos carros híbridos. Eles são relativamente mais pesados que carros com motores a combustão devido ao tamanho da bateria que utilizam.
Dessa forma, se tornam relativamente menos eficientes que estes.
Foto BMW | Divulgação