Lewis Hamilton questionou como o peso crescente dos carros de Fórmula 1, se enquadra no objetivo declarado do esporte de se tornar mais sustentável.
O peso mínimo do carro definido pelas regras, incluindo o piloto, vai aumentar para 790 kg para a temporada de 2022. Isso representa um aumento de 38 kg em relação aos carros deste ano e um aumento de 50 kg nas últimas três temporadas.
Hamilton disse que o aumento o deixa perplexo. “Não entendo particularmente por que ficamos mais pesados, quando se fala tanto em ser mais sustentável”, disse ele.
A Fórmula 1 estabeleceu como meta ser um produtor de zero carbono até 2030.
“Ao ficar cada vez mais pesado, você está usando cada vez mais energia”, disse Hamilton. “Então parece que não é a direção certa.”
Em 2022, os carros de F1 pesarão 100 kg a mais do que pesavam em 2014, no início da era do motor turbo híbrido. Parte do aumento de peso pode ser explicada por medidas de segurança, como o halo, lançado em 2017, que pesa cerca de nove quilos.
Hamilton disse que não consegue ver uma justificativa esportiva para os aumentos de peso, com bases de sustentabilidade. “Os carros mais leves eram mais ágeis, não eram nem de longe tão grandes, e naturalmente, correr, manobrar o carro era melhor.”
“Para algumas pistas que usamos, eles estão ficando muito largos, como em Mônaco. Sempre foi relativamente difícil passar ali, mas agora o carro é tão grande, que é grande demais para a pista.”
Hamilton já havia levantado preocupações sobre o aumento do peso do carro de F1 e a crescente demanda que ele coloca nos freios e pneus.
“À medida que ficamos mais e mais pesados, é mais energia que temos de dissipar, freios maiores, mais poeira de freio, mais combustível para chegar ao local e assim por diante”, disse ele no fim de semana passado. “Eu não entendo isso totalmente”, acrescentou.