Uma atualização no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBEV) do Inmetro/Conpet deu um título surpreendente à dupla Chevrolet Onix e Onix Plus. Os dois modelos passaram a ser os carros flex mais econômicos do Brasil, superando até mesmo os híbridos.
Segundo o órgão, o campeão absoluto foi o Onix Plus 1.0 aspirado com câmbio manual. O sedã obteve médias de 10,1 km/l e 12,5 km/l (ciclo urbano e rodoviário, respectivamente) com etanol e 14,3 km/l e 17,7 km/l com gasolina.
Já o hatch, também aspirado, teve índices levemente piores: 9,9 km/l e 11,7 km/l com etanol e 13,9 e 16,7 km/l quando abastecido com gasolina.
As duas versões do Toyota Corolla Hybrid, primeiro híbrido flex do mundo, chegaram perto, mas não superaram o Onix Plus.
Nas medições pelo padrão do PBEV o sedã fez 10,9 km/l na cidade com etanol e 9,9 km/l na estrada. Com gasolina os números são de 16,3 km/l e 14,5, respectivamente.
Aqui valem duas explicações: a primeira é que, como as baterias dos híbridos são recarregadas sobretudo em frenagens, o consumo urbano desses modelos quase sempre é (bem) melhor do que o rodoviário.
Além disso, apesar do Corolla híbrido superar o Onix Plus nas medições com gasolina, o Inmetro leva em conta o consumo energético do veículo pra eleger o mais econômico.
Neste quesito o Corolla precisa de 1,38 MJ (megajoule) pra rodar um quilômetro, enquanto o novo Onix sedã usa 1,34 MJ.
Como é feito o teste?
As medições de consumo para o PBEV são feitas seguindo um padrão rigoroso de testes, feito em dinamômetro de chassi (com o carro rodando sobre grandes rolos metálicos) e seguindo um protocolo padrão.
Essas medições só podem ser feitas em dinamômetros aferidos pelo Inmetro, e o órgão pode fazer testes e medições surpresas dentro das fábricas. Para compensar o porte e aerodinâmica da carroceria, são aplicados aos números fatores de correção.
Por isso o Onix Plus, que gera menor arrasto aerodinâmico por conta do porta-malas pronunciado, tem consumo melhor que a versão hatch.