O Ministério de Finanças da China anunciou um corte de 10% no volume de dinheiro concedido por Pequim em forma de subsídios para carros elétricos no país. A redução tem efeito imediato sobre automóveis com emissão zero acima de 300.000 yuans ou R$ 236.950 em conversão direta.
Embora muitos carros sejam baratos na China, os elétricos só são atrativos numa faixa mais abaixo, mas acima disso, apenas as marcas de luxo, como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche ficarão de fora, tendo seus preços elevados. A Tesla também terá os preços alterados diante do corte do governo.
O Tesla Model 3 Long Range custa 303.550 yuans ou R$ 239.753. O preço subirá para 344.050 yuans (R$ 271.741) após o período de transição, dado pelo governo, que é de três meses, onde os preços ainda podem se manter sem alteração.
Por isso, se espera que a marca de Elon Musk se esforce para reduzir o preço do sedã elétrico para ter direito ao subsídio integral. O governo chinês pretende cortar mais 20% do valor em 2021 e 30% em 2022.
Seguindo a tendência de redução na ajuda para compra de carro elétrico, Pequim terá cortado 100% do incentivo nos próximos dois anos. Isso vem um processo de redução gradual que vem de alguns anos, tendo sido anunciado em 2015.
A ideia do governo central é que o mercado ande com as próprias pernas nos próximos anos, mas a pressão sobre os fabricantes de veículos, que terão de preencher cotas de carros elétricos, fará com que o país tenha uma oferta anual de 20% da produção nacional em 2025.
Isso inclui também carros movidos por células de hidrogênio. Ou seja, mesmo com o corte de incentivos, incluindo também isenção de impostos em algumas cidades, a China terá continuamente sua oferta de modelos elétricos cada vez mais elevada. Atualmente o mercado desses automóveis corresponde a apenas 5%.
[Fonte: Reuters]