Com previsão de fechar o ano com 1% do mercado no Brasil, os carros elétricos preveem 1,5% no próximo ano. Por enquanto, o mais barato do Brasil custa R$ 160 mil – o JAC e-sJ1, que havia chegado por R$ 150 mil e já teve seu primeiro aumento.

Entretanto, é de lá da China que deve vir a maior parte de elétricos que vão povoar as ruas brasileiras nos próximos anos. Além de serem líderes na produção de baterias, são também os primeiros colocados na quantidade de carros elétricos produzidos.

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Quando se é líder na produção do componente mais caro, que é a bateria, se consegue encontrar melhores valores e reduzir o custo, trabalhando melhores margens.

“A eletrificação é um ponto que não tem mais volta, nem no Brasil, nem no mundo”, diz Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive.

Garbossa também levanta outros pontos importantes. “Não há mais a noção de que carro chinês é ruim. No Brasil, a percepção foi alterada com os carros da Caoa Chery, por exemplo”, diz.

Nos últimos dois anos, que foram pandêmicos, a China teve uma retração econômica e também de demanda. Com isso, começou a procurar novos mercados para expandir com seus carros eletrificados.

“O Brasil é um dos mercados que eles querem ter maior penetração com os eletrificados, mas eles já estão na dianteira em outros mercados da América Latina como Peru, Chile e México”, completa Garbossa.

Ele também complementa falando sobre a estratégia que foi adotada por algumas, como BYD e JAC e que deve ser copiada por marcas que ainda não chegaram.

“Chegar no mercado com veículos comerciais elétricos é mais fácil, porque quem compra consegue amortizar o custo em um prazo menor. Com carro de passeio, muitas vezes, o custo x km rodado não vai se pagar nunca”, adiciona.

A BYD tem o eT3 que tem sido adotado por diversas empresas para o uso dentro dos grandes centros. Só agora em 2022 a marca começa a oferecer carros de passeio e chega com dois 100% elétricos.

No caso da JAC, a empresa apostou em uma linha completa, mas também tem tido relativo sucesso é com os comerciais, como a van iEV750V e o caminhão urbano, o iEV200T.

Além deles, outro exemplo é o Volkswagen e-Delivery, caminhão urbano 100% elétrico e desenvolvido e produzido no País e que está sendo adotado por diversas empresas.

A Caoa Chery já confirmou que tem interesse em oferecer mais carros elétricos no Brasil – hoje ela oferta só o Arrizo 5e – e a Great Wall, que comprou a fábrica da Mercedes-Benz, também tem a intenção em oferecer elétricos e eletrificados por aqui.

Hoje, o elétrico mais em conta das marcas já estabelecidas por aqui são os pequenos Peugeot e-208 GT, Fiat 500e e o Mini Cooper SE, que custam na casa dos R$ 250 mil.

À exceção do Nissan Leaf, basicamente os demais modelos elétricos à venda são todos de marcas de luxo ou se encaixam lá pelo preço, como é o caso também dos Peugeot e-208 GT e Fiat 500e.

“Se você tiver um carro bom na qualidade e no custo e de valor acessível, você vai vender”, pontua Garbossa em relação a todos os pontos positivos a favor dos eletrificados chineses, que já tem um caminho bom percorrido.

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