E se nossa experiência viajando pelo Rio Grande do Sul a bordo de um Audi e-tron teve vários perrengues, devido à falta de estrutura, familiaridade com a tecnologia e conhecimento (inclusive meu, que passava pela experiência pela primeira vez), também foi cheia de boas surpresas.
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Com o roteiro definido entre as cidades de Porto Alegre e Passo Fundo, formando pouco mais de 450 quilômetros ida e volta, fui buscar o Audi e-tron na revenda gaúcha Top Car, na capital gaúcha.
Na concessionária, uma consultora de vendas me explicou os detalhes sobre o funcionamento do e-tron. De cara, impossível ficar indiferente ao porte do modelo e às suas linhas futuristas.
Mas como o que mais importa é a experiência em movimento, resolvi escrever sobre as cinco boas surpresas que tive com o Audi e-tron durante três dias de viagem. O elétrico
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Surpresa 1 – Porte do modelo top de linha da marca
Para quem acha que o carro elétrico ainda é caro demais, saiba que no mercado premium e de luxo os preços já estão ficando pareados ou até mais em conta que o de modelos equivalentes a combustão.
Veja o caso do Audi e-tron: ele tem o porte de um Q8, o SUV topo de linha da marca. São 4,90 metros de comprimento, 1,93 m de largura, 1,60 m de altura e 2,93 m de entre-eixos. Porém, nesta configuração de carroceria (convencional e não Sportback, que a Mobiauto também já testou).
Ao mesmo tempo, custa R$ 614.990 na versão Performance Black quattro, a que testamos, contra R$ 644.990 de um Q8 Performance Black. Talvez isso explique por que a linha e-tron esteja vendendo tão bem no Brasil (foi o carro elétrico mais emplacado do ano passado) e por que o Porsche Taycan esteja fazendo tanto sucesso em 2021.
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Surpresa 2 – Absoluto silêncio a bordo
Apesar de ter conhecido outros veículos elétricos, essa foi a primeira vez que eu tive a oportunidade de dirigir um modelo equipado com um motor sobre cada eixo, além de um sistema de regeneração de energia capaz de gerar até 408 cv de potência e 67,5 kgfm de torque combinados.
Os dados técnicos e de desempenho são muito similares aos do irmão e-tron Sportback.
Para quem conheceu o ronco de motores aspirados como V6 e V8, ou propulsores turboalimentados, ter uma condução acompanhada de um absoluto silêncio a bordo durante toda a viagem, ou mesmo dentro da cidade, é uma agradável surpresa em termos de conforto e descanso aos ouvidos.
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Surpresa 3 – Um mundo de tecnologia a bordo
O Audi e-tron vem de série com faróis full-LED dotados de assistente de luz alta, oito airbags (frontais, laterais, de cortina e dois de joelho controle de cruzeiro adaptativo com assistente de faixa e frenagem autônoma emergencial, rodas de liga leve aro 21 e assistente de estacionamento com visão 360 graus.
Também traz bancos dianteiros em couro com ajuste de lombar, ar-condicionado quadrizona, teto solar panorâmico, volante com regulagem elétrica de altura e profundidade, projeção do logotipo e-tron nas portas laterais e iluminação interna com 30 opções de cores.
Tudo isso garante um excelente nível de conforto para enfrentar boas horas de rodovia sem deixar motorista ou passageiros com aquela sensação de “corpo quebrado” ao fim da viagem, mesmo após passar por trechos de terra, como foi o caso de nossa aventura.
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Surpresa 4 – Potência e torque sempre disponíveis
Quando o carro está em movimento, qualquer pisada mais bruta no pedal da direita faz com que o elétrico da Audi saia em disparada. Nem parece que estamos falando de um SUV de quase 2,5 toneladas de peso.
O torque do motor está disponível a qualquer momento da condução, então é preciso ter cuidado ao apertar o pedal do acelerador mesmo para realizar manobras simples como uma baliza, por exemplo.
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Surpresa 5 – Borboletas no volante com uma função diferente
As “borboletas atrás do volante”, normalmente utilizadas para a mudança manual sequencial das marchas em carros com câmbio automático, automatizado ou CVT com simulação de velocidades, no elétrico da Audi tem uma função diferente: auxiliar na regeneração da bateria.
Com o carro em movimento, a regeneração é feita através das frenagens e desaceleração. A aleta do lado esquerdo, negativa, intensifica a ação do freio regenerativo e auxilia na desaceleração do carro com seu acionamento, diminuindo a necessidade de usar o freio, a não ser para freá-lo totalmente.
Já a alavanca da direita, positiva, deixa as rodas mais livres na desaceleração e ajuda na reaceleração quando o motorista deseja ou precisa retomar a velocidade de maneira mais célere uma após a redução.
*Waldez Amorim é jornalista especializado na área de carros há 19 anos, e colabora atualmente com a seção Autodefesa da revista Quatro Rodas.
Imagens: Divulgação/Audi e Waldez Amorim/Mobiauto
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