O Toyota Raize agora está em sintonia com o que a marca japonesa prega mundo afora, ou seja, tornou-se um carro híbrido. Cogitado para o Brasil, o pequenino SUV adota a versão e-Smart Hybrid, que já havia sido anunciada meses atrás.
Contudo, o Raize e-Smart Hybrid em nada se parece com um Prius ou mesmo Corolla Hybrid e não estamos falando do visual. O propulsor híbrido está mais para um “e-Power” que um HSD. A referência ao sistema de Nissan se dá pela tração.
No Toyota Raize e-Smart Hybrid, o propulsor Dynamic Force 1.2 de três cilindros não move as rodas, mas um motor elétrico. Isso é o que faz o Kicks e-Power tailandês ou a minivan japonesa Nissan Serena e-Power.
Nesse caso, o motor 1.2 do Raize funciona como um gerador, abastecendo o propulsor elétrico de 106 cavalos e 17,3 kgfm, que move o SUV elétrico e ajuda no consumo de apenas 27,8 km/litro. Sem transmissão, ele atua direto e tem bateria de lítio.
A Toyota não revelou a potência do motor 1.2 a gasolina, mas a tecnologia em si, foge do padrão estabelecido pela marca até agora, que normalmente usa o motor para mover as rodas em conjunto com o elétrico (duplo) ou até individualmente.
Isso também indica que o Raize deve ser vendido assim no Sudeste Asiático, onde atua com o irmão Daihatsu Rocky, que também recebe o pacote e-Smart Hybrid. Se o Raize for vendido aqui, ele terá de ser híbrido flex.
Nesse caso, o investimento para localização desse novo propulsor, assim como do trem de força diferenciado, parece um custo que a Toyota não deve encarar aqui. Dessa forma, a melhor opção seria usar o conjunto já conhecido.
Como a plataforma é a TNGA (GA-B), pode em tese usar a mesma configuração do Yaris Cross, que usa um motor 1.5 Dynamic Force com um elétrico de 80 cavalos, mas o 1.8 atual do Corolla Hybrid talvez possa ser usado.