Despedidas em 2020
Com todo o investimento com o projeto do novo Polo, em 2017, dois modelos da Volkswagen começaram a contar seus dias para deixar a linha de produção. Apesar de ainda ter muitos aficionados, o compacto Fox deve ter seu fim em 2020. Surgido em 2003, o Fox chegou a ser apontado como o natural sucessor do Gol. Nem se tornou o herdeiro do carro campeão de vendas por quase trinta anos, nem se consolidou como um veículo com características próprias, embora tenha tido um bom desempenho de vendas em suas várias versões. Outro modelo da marca alemã deve ter o mesmo destino, o subcompacto Up. Ao contrário do Fox, no entanto, o Up jamais conseguiu se consolidar no gosto do brasileiro.
Ligados na tomada
O BMW Group acaba de atingir a marca de meio milhão de veículos eletrificados vendidos em todo o mundo. A cerimônia de celebração ocorreu no BMW Welt, em Munique, com a chave do veículo, um BMW 330e, sendo entregue de surpresa ao comprador pelas mãos de Sebastian Mackensen, vice-presidente sênior de Mercado do BMW Group na Alemanha. A próxima meta será dobrar a quantidade de veículos eletrificados até o fim de 2021. Para isso, o BMW Group prepara uma ofensiva de lançamentos de veículos e versões sustentáveis. Em 2020, o X3 se tornará o primeiro veículo do Grupo com quatro variantes distintas de propulsão: diesel, gasolina, híbrido plug-in e puramente elétrico. Atualmente com doze veículos eletrificados, o BMW Group é um dos principais fornecedores mundiais de mobilidade elétrica. A empresa é líder de mercado de veículos eletrificados na Alemanha desde 2016 e também ocupa uma posição de liderança na Europa e no mundo. A BMW formulou metas claras para as vendas de veículos eletrificados nos próximos anos: um quarto de todos os carros vendidos na Europa deve ser eletrificado até 2021. Isso deve atingir um terço em 2025 e metade em 2030.
Ponto de fusão
Com a confirmação da fusão da FCA e da PSA, com o acordo firmado entre Mike Manley, CEO do grupo ítalo-americano, e Carlos Tavares, presidente do Conselho de Administração do grupo francês, o novo conglomerado passa a ser o quarto maior do setor automotivo mundial em volume de produção e de vendas e o terceiro em volume de negócios, atrás do Grupo Volkswagen, da Toyota e da Aliança da Renault, Nissan e Mitsubishi. A nova empresa deverá resultar em um volume anual de 8,7 milhões de veículos. Outros dos seus pontos fortes serão a forte presença da FCA na América do Norte e na América Latina e a sólida posição da PSA na Europa – esperando-se que 46% das receitas provenham do Velho Continente e 43% da América do Norte. Em termos de gestão, a nova empresa, com sede na Holanda e cotada no Euronext Paris, na Bolsa Italiana (Milão) e na Nyse, de Nova York, contará com um Conselho de Administração composto por onze membros, cinco nomeados pela FCA e cinco pela PSA. Quando da fusão, o Conselho de Administração incluirá dois representantes da FCA e dos empregados da PSA. O português Tavares será o CEO da empresa por um mandato inicial de cinco anos, além de ser membro do Conselho.
Com assinatura esportiva
O novo Mercedes-AMG GLB 35 4Matic já está disponível para compra imediata na Europa com preços a partir de 54.549 euros (cerca de R$ 245 mil). O SUV compacto combina altos níveis de flexibilidade com a característica AMG Driving Performance e quantidade generosa de espaço, com opção para até sete pessoas. O motor 2.0 turbo tem potência de 306 cavalos e um conjunto de transmissão AMG Speedshift DCT 8G e tração integral totalmente variável. O consumo médio de combustível é de 7,6 km/l. A AMG é a divisão esportiva da Mercedes-Benz e também responsável pela equipe de Fórmula-1 do hexacampeão Lewis Hamilton.
Boa de embarques
Responsável por 25% das exportações de automóveis e comerciais leves do setor automotivo brasileiro, a Volkswagen do Brasil ultrapassou a marca de 4 milhões de unidades exportadas desde fevereiro de 1970, com destino a cento e quarenta e sete países. Atualmente, atende a dezoito mercados da América do Sul, Central e do Caribe, com destaque para Colômbia, Chile, Peru e Uruguai, para onde são enviados os modelos TCross, Polo, Virtus, Gol, Voyage, Saveiro, Up e Fox. “Assim como toda a indústria automotiva, vivemos um momento desafiador com relação a exportações. Adotamos estratégias para conquistar novos mercados de exportação a partir do Brasil e iniciamos, em 2019, o envio do Virtus e do TCross para o México e da Saveiro para o Peru. Nosso objetivo é ampliar ainda mais nossa presença em outros países em 2020, consolidando nosso perfil exportador”, comemora Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina. As exportações da Volkswagen do Brasil se iniciaram em fevereiro de 1970, quando treze unidades dos modelos Kombi e Variant foram embarcadas para o México e países da América do Sul. Em 1972, os volumes exportados já chegavam a 7.204 unidades. Um dos maiores contratos de exportação foi com o Iraque, para onde foram enviadas 170 mil unidades do Passat de 1983 a 1988.
Olho no recall
Quem nunca deu atenção aos avisos de recall nos meios de comunicação ou sequer pesquisou sobre o tema, certamente terá de rever seus hábitos a partir de 2020. O conceito deve fazer parte mais ativamente do dia a dia da indústria automotiva e impactar a vida do próprio motorista, que pode ver seu carro se valorizar ou se depreciar mais rapidamente no momento de negociá-lo. Com as recentes medidas do poder público e a própria conscientização da população, o número de pessoas que levam seus veículos para reparos e consertos na montadora certamente aumentará de forma significativa nos próximos meses. Atualmente, o indicador de atendimento aos chamados ainda é irrisório. De acordo com dados do Procon-SP, mais de 2,1 milhões de veículos foram solicitados para recall em 2018, mas apenas 14,93% dos motoristas levaram o carro para avaliação e troca gratuita das peças. Um levantamento recente do Ministério da Justiça e Segurança Pública mostra que o primeiro semestre de 2019 teve 1,1 milhão de automóveis envolvidos em 58 processos de recall. A explicação para o número expressivo passa pela portaria assinada no dia 1º de julho de 2019 pelos ministérios da Infraestrutura e da Justiça e Segurança Pública e que entrou em vigor a partir de outubro. Agora, o proprietário do carro tem o prazo de até um ano para atender ao chamamento. Caso contrário, o próximo Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) terá o aviso de recall pendente. Ou seja, será um atestado de que o carro tem algum defeito de fábrica, representando um risco à segurança de todos e um importante elemento de depreciação.
Para evitar deslizes
Com o início do verão, as ocorrências de chuvas fortes se tornam mais comuns, principalmente no período da tarde. Por isso, os motoristas devem tomar cuidados redobrados ao enfrentar as consequências do mau tempo, como visibilidade prejudicada, vias mais escorregadias, obstáculos que podem surgir devido aos ventos fortes e a modificação dos padrões de condução e comportamento dos veículos, como aderência ao solo e estabilidade. Em casos de alagamentos, o motorista deve verificar se a altura da água ultrapassa a metade das rodas. Outros cuidados são: dirigir de acordo com o limite de velocidade da via e, se houver necessidade, reduzir mais. Quando houver uma fina camada de água sobre a pista, pode ocorrer a aquaplanagem, situação em que o veículo perde a aderência ao solo. Por isso, a velocidade deverá ser diminuída. A manutenção e correta calibração dos pneus é imprescindível. Pneus velhos, carecas e com sulcos rasos podem tornar situações como essa ainda mais perigosas. Deve-se manter as mãos no volante, pois a pista molhada torna necessário manter controle maior sobre o carro. Evitar frear bruscamente ou fazer manobras e ultrapassagens arriscadas. Não falar ao celular nem mexer no rádio. Mesmo durante o dia, acender os faróis baixos, pois eles focam mais no chão, ajudam na visibilidade e a dos outros motoristas. Se a chuva estiver forte demais, deve-se considerar a hipótese de estacionar o veículo em lugar seguro e voltar a dirigir quando as condições estiverem melhores.
Carga de precaução
Viajar de carro pode ser sinônimo de muitas malas, cooler, roupa de cama e de banho, brinquedos e outros itens, que, muitas vezes, são espalhados pelo assoalho ou até mesmo no colo dos passageiros. Mas o excesso de carga e sua disposição incorreta dentro veículo representam riscos aos ocupantes, alerta o Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária). Sete dicas para levar bagagem com segurança:
1) Peso: a capacidade de carga máxima de todo veículo é informada no manual do proprietário. Não respeitar esse limite pode implicar em risco de danos à estrutura e componentes mecânicos, como aumento do desgaste de freios e suspensão.
2) Na cabine: pequenos volumes, como bolsas e mochilas, podem ficar no assoalho – nunca sobre o painel frontal ou o tampão traseiro, pois a visão das janelas (laterais ou traseira) não deve ser obstruída.
3) No porta-malas: a distribuição correta do peso dos objetos no bagageiro é essencial para manter a estabilidade do carro. Malas e outros itens mais pesados devem ficar no fundo do compartimento de carga, de preferência em cima do eixo traseiro.
4) Bicicleta: se for transportá-la com banco traseiro rebaixado, a bicicleta deve ser fixada de maneira que não se desprenda ou se mova livremente. Fora do veículo, é preferível colocá-la em racks de teto, bem presas. Em suportes traseiros, não podem cobrir a placa e as luzes da lanterna nem ultrapassar a largura do veículo.
5) Bagageiro e rack: esses itens são boas formas de ampliar a capacidade de carga do veículo, devendo ser instalados de acordo com os limites de peso estabelecidos pela fabricante.
6) Calibragem: a pressão nos pneus deve condizer com a quantidade de carga transportada para garantir a estabilidade na direção. O carro mais pesado exige uma pressão maior, conforme indicado no manual do proprietário.
7) Como conduzir: ficar atento sempre. Com o carro carregado, a capacidade de frenagem diminui e exige uma distância maior e mais tempo. Além dos freios, o excesso de peso pode impactar na aceleração e no tempo de retomada do carro nas curvas. Por isso, evitar fazer manobras arriscadas no trânsito é fundamental.