O hidrogênio será o combustível do futuro. Assim como já falei que a condução elétrica é um caminho sem volta, a transformação da mobilidade vai chegar no hidrogênio e pode acreditar, você já está fazendo parte dessa jornada da eletro mobilidade.

É a maior evolução da história automotiva. Estamos trocando o combustível fóssil pela eletricidade para os veículos ficarem mais sustentáveis e eficientes.

Quem dirige um veículo turbo pode ainda não pensar num modelo elétrico, mas a maneira como o veículo se comporta já serve para melhorar a percepção do motorista de como é dirigir um veículo elétrico: elástico, respostas mais rápidas, agilidade.

Essa é a sensação (ampliada em algumas vezes) da condução de um veículo elétrico, onde o processo de aceleração passa por uma corrente elétrica que cria um campo magnético fazendo um rotor (no motor) girar e, consequentemente, girar o eixo das rodas.

A simplicidade faz com que o torque – que faz o carro ser ágil – chegue quase que instantaneamente às rodas, permitindo uma saída da inércia muito veloz nos elétricos.

Passando dos turbos, o caminho seguinte são os modelos híbridos, como algumas marcas já fazem, o que para muitos pode ser o melhor dos dois mundos, também pode ser o pior, pois temos um motor de combustão interna (cerca de 2 mil peças) e o sistema elétrico (com apenas 60 componentes).

Na realidade esse é o preço da transição.

O híbrido atual permite ao consumidor “ir” se acostumando com as facilidades da condução elétrica, que será o passo seguinte.

“É importante esclarecer para o consumidor que existem diferentes níveis de eletrificação, que influenciam desde a emissão do veículo até a sua utilização”, diz Marcos Paiva, diretor de Estratégia de EVs da GM América do Sul.

Já os modelos híbridos possuem dois tipos de motores, um tradicional a combustão e um outro elétrico, para ajudar a poupar combustível, incrementar a performance e/ou gerar energia para o veículo. Costumam ser subdivididos em três categorias:

Híbrido leve – A tecnologia usa um motor-gerador ligado ao sistema elétrico do automóvel. É capaz de recuperar energia em frenagens, por exemplo, para armazená-la numa bateria extra. Este sistema, entretanto, não é capaz de fazer o veículo rodar apenas no modo elétrico, mas alivia o esforço do motor a combustão, melhorando ligeiramente a eficiência energética.

Híbrido pleno – O veículo possui dois tipos de motores, a combustão e a eletricidade, que podem trabalhar em conjunto ou individualmente. Esse gerenciamento é automático e pode variar bastante, como a disponibilidade de energia recuperada de desacelerações e frenagens armazenada numa pequena bateria, que é utilizada para alimentar temporariamente o motor elétrico. Nesta categoria, a bateria é recarregada através do motor a combustão.

Híbrido Plug-in – Possui uma arquitetura similar ao híbrido pleno, com dois tipos de motores, um movido a combustível e o outro a eletricidade. A diferença é que, nesta categoria, o veículo conta com mecanismos adicionais para permitir que ele possa ser carregado também numa tomada. Como possui uma bateria de porte intermediário, consegue rodar de pequenas até médias distancias no modo 100% elétrico.

Do híbrido o próximo passo serão os veículos totalmente elétricos.

Os puramente elétricos são considerados os mais avançados e eficientes, pois são os únicos que rodam o tempo todo no modo zero emissão – nem escapamento nem tanque de combustível eles têm.

Os elétricos de última geração já possuem conjunto de baterias com longa autonomia, em alguns casos superior à de muitos carros Flex, oferecendo ainda melhor desempenho e bem menor custo de manutenção.

Depois da bateria que alimenta o veículo elétrico, chegamos na fase que eu acredito que vamos estabilizar, pois o consumidor já conhece as vantagens e facilidades do uso do motor elétrico e vai ganhar em autonomia e rapidez no abastecimento com o hidrogênio.

Diferente do elétrico onde uma bateria armazena sua energia (seu combustível), teremos veículos elétricos alimentados por uma célula de hidrogênio.

A célula de combustível garante uma recarga rápida, o que abre a possibilidade de uso intensivo sem emissões, o que antes era impossível com outras tecnologias disponíveis: apenas três minutos são suficientes para armazenar o hidrogênio necessário para percorrer várias centenas de quilômetros em modo totalmente elétrico. Este é um elemento que atrairá usuários completamente novos para veículos elétricos.

Na sequência teremos o híbrido movido a hidrogênio, ou seja, além da opção de utilizar a energia obtida através da célula de combustível alimentada pelo hidrogênio, o sistema híbrido vai ter uma bateria que pode ser recarregada na rede elétrica, oferecendo duas fontes de energia para aproveitar todas as vantagens do hidrogênio, da tecnologia das baterias e da tração elétrica.

E você, está preparado para a jornada da eletrificação automotiva?


Tarcisio Dias – Profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista. Desenvolve o site Mecânica Online® (mecanicaonline.com.br) e sua exclusiva área de cursos sobre mecânica na internet (cursosmecanicaonline.com.br), uma oportunidade para entender como as novas tecnologias são úteis para os automóveis cada vez mais eficientes.

Entre os três (TOP 3) +Admirados Influenciadores Digitais da Imprensa Automotiva.
Entre os cinco (TOP 5) dos +Admirados Jornalistas da Imprensa Automotiva.
Premiado (TOP 3) na categoria Automotivo e Motociclismo da 7ª edição do Prêmio Especialistas.

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