Não é a primeira vez que os proprietários de veículos no país são assaltados com mais um aumento abusivo nos preços dos combustíveis, que sofre periodicamente com influências internas e externas.

A cada novo aumento, o motorista corre desesperadamente para encher o tanque, antes que o preço na bomba mude e assim tenha prejuízo, especialmente quem trabalha com o veículo.

Nessa guerra de preços, com o sobe e desce (mais sobe do que desce…) dos custos, a economia do país é continuamente ameaçada, assim como a segurança dos consumidores.

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Diante deste cenário, o veículo elétrico surge como alternativa para fugir dessa guerra, que já está gerando muitos “refugiados” automotivos, que tiveram de deixar o carro de lado por esse motivo.

No entanto, a alternativa não está ao alcance da maioria, dados os preços bem elevados.

Hoje, o carro elétrico mais barato custa R$ 160 mil. Está bem acima dos preços do mercado de entrada e se tornou a porta de um mercado onde a maioria das opções está entre R$ 250 mil e R$ 300 mil.

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Num país que virou as costas para o carro elétrico, a “guerra” contra os aumentos constantes, que ameaçam o país como um todo, pode sensibilizar o governo federal.

Recentemente, até o IPI foi reduzido, algo nunca vislumbrado na atual administração e isso pode ser um sinal positivo para o carro elétrico adiante.

Mesmo assim, independente de ações políticas, algumas empresas arregaçam as mangas e bancam suas apostas no elétrico, especialmente em veículos comerciais.

VWCO, BYD, FNM e, mais recentemente, a Mercedes-Benz, apresentam aqui a alternativa para um diesel absurdamente caro, que corrompe os custos com transporte no país, altamente rodoviário.

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Importados, comerciais leves como vans de Peugeot, Citroën, JAC, entre outras, também buscam reduzir essa dependência do óleo combustível.

Além de players conhecidos, startups nacionais e estrangeiras, como a KERS, Arrow Mobility, Bravo e Hi-Tech, também querem uma parte disso e oferecem garantia de produção nacional.

Ainda assim, a infraestrutura é outro ponto que precisa de investimento pesado para cobrir enormes vazios no país, mesmo em regiões de alta densidade populacional. Sem isso, fica difícil avançar.

Contudo, mesmo com apostas individuais em elétricos e infraestrutura, sem uma política nacional para incentivar a troca do motor flex ou diesel pelo propulsor elétrico, as filas nos “postos de fronteira” continuarão e o êxodo de motoristas, também.

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