Mas como isso afeta o mercado automotivo, mais precisamente o segmento de carros elétricos? O Afeganistão fica localizado sobre uma reserva mineral que, segundo geólogos, vale, no mínimo, US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,4 trilhões). Sim, você não leu errado. Trilhões.

Entre esses recursos está o lítio, principal componente das baterias de veículos elétricos vendidos em todo o planeta atualmente. Desde a descoberta, os estoques permanecem intocados e inexplorados. Por isso, a perda do acesso a essa reserva mineral deve afetar os interesses econômicos das fabricantes que procuram alternativas para não ficar apenas na dependência da China, principal produtor mundial de lítio hoje.

Uma coisa é certa: a demanda por lítio no mundo só vai crescer daqui pra frente, com a profusão de lançamento de carros elétricos devido às exigências cada vez mais rígidas das agências ambientais. Segundo a International Energy Agency (Agência Internacional de Energia), a procura pelo composto aumentará 40 vezes até 2040.

Cada célula de uma bateria comum contém poucas gramas de lítio (cerca de meia colher de chá, como forma de comparação). Mas o conjunto total em um carro elétrico pode incluir cinco mil células, sendo necessários aproximadamente 10 kg de lítio no total. Ou seja, uma tonelada do metal é suficiente para produzir baterias para cerca de 90 veículos elétricos.

Ainda é cedo para saber como a potencial perda das reservas de lítio afegão vai afetar a indústria, mas certamente a escassez da matéria-prima em outros locais poderia ser amenizada com uma nova fonte de extração, especialmente se pensarmos em longo prazo.

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