Nos próximos anos, o termo “híbrido leve” deve se popularizar no Brasil. Isso porque essa é a forma mais barata e simples de eletrificar um carro. Em outros países, é conhecida como Mild Hybrid ou MHEV.

Um carro híbrido leve tem consumo de combustível mais baixo em relação a um similar que utiliza apenas motor a combustão. E essa é a principal razão para a sua popularização no mundo.

No Brasil, não faltam exemplos de híbridos leve lançados nos últimos meses. Kia Sportage, Audi A3, A4 e A5, Land Rover Discovery e Caoa Chery Tiggo 5, Tiggo 7 e Arrizo 6 são alguns deles.

A filial britânica da Ford divulgou um vídeo explicando o sistema. Confira:

Ao contrário dos híbridos convencionais e plug-in, o motor elétrico não consegue tracionar as rodas sozinho em um híbrido leve. No máximo, dá uma ajuda momentânea, aumentando ligeiramente números de potência e torque em condições específicas, como ultrapassagens e retomadas.

Um exemplo é o sistema da Caoa Chery, que eleva o pico de potência de 150 cv para 160 cv. Mas isso também não é uma regra. Em outros casos, nem há aumento nesses números, como no Kia Sportage, que mantém a potência máxima em 180 cv independentemente da situação.

Esquema mostra os componentes de um carro híbrido leve: motor a combustão, gerador elétrico e bateria auxiliar — Foto: Divulgação

Em vez de um motor elétrico que consegue movimentar sozinho as rodas, um carro híbrido leve tem um pequeno gerador elétrico que também serve como alternador. O componente é capaz de carregar uma bateria auxiliar, que pode ser de 12 volts ou 48 volts.

Essa bateria, por sinal, serve para dar a partida no motor a combustão, manter velocidades de cruzeiro e acionar sistemas elétricos secundários.

Até por essa função menos crucial, a bateria é bem menor nos híbridos leves. Na verdade, mais se parecem com baterias convencionais.

Bateria do sistema híbrido leve da Kia — Foto: Divulgação

Como comparação, os chamados híbridos convencionais usam baterias de 1 kW ou 2 kW, permitindo que os carros rodem alguns poucos quilômetros apenas usando a energia elétrica armazenada.

Já os plug-in têm kits de armazenamento de até 15 kW. Assim, o alcance no modo elétrico é maior – passa de 100 km nos modelos mais recentes e modernos.

Até pela diferença de propostas e simplicidade do sistema, o ganho no consumo de combustível também é menor nos híbridos leve. Aqui vão três exemplos.

O novo Kia Sportage roda11,5 km/l na cidade e 12,1 km/l na estrada com gasolina, segundo o Inmetro.

Kia Sportage consegue fazer 12 km/l com o auxílio de um sistema híbrido leve — Foto: Divulgação

Seguindo o mesmo padrão e com o mesmo combustível, o híbrido convencional Toyota Corolla Cross faz 17,8 km/l na cidade e 14,7 km/l na estrada.

Por fim, o Jeep Compass híbrido plug-in chega a 25,4 km/l no ciclo urbano e 24,2 km/l no rodoviário, também considerando a gasolina como combustível.

De forma geral, a grande vantagem dos carros híbridos leves é conseguir reduzir o consumo de combustível sem exigir grandes investimentos. Assim, as fabricantes conseguem vender um modelo mais econômico sem elevar tanto o preço de venda.

Com leis de consumo e emissões cada vez mais rígidas, essa é uma saída que deve ser usada em veículos mais baratos. Não será surpresa se começarmos a ver compactos usando esse recurso para melhorar a eficiência energética.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here