Nascido em 2014, o projeto para a criação do carro elétrico da Dyson (a marca britânica conhecida pelos seus aspiradores), acabou por ser cancelado em outubro do ano passado.
Ora, com o cancelamento do projeto acabámos por nunca ficar a conhecer como seria o carro elétrico da Dyson. Quer dizer nunca o vimos… até agora.
Numa entrevista dada ao jornal britânico The Sunday Times, o bilionário Sir James Dyson, o homem por detrás da Dyson, revelou como teria sido o primeiro automóvel da marca.
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Eu não tenho uma gama. Precisava de lucrar com cada carro ou então iria comprometer toda a empresa. No final, era demasiado arriscado”.
Sir James Dyson
O “N526”
Com o nome de código “N526”, o carro elétrico da Dyson foi projetado como um rival para o Tesla Model X.
Com sete lugares, cerca de 5,0 m de comprimento, 2,0 m de largura e 1,7 m de alura, o carro elétrico da Dyson iria ter dois motores de 200 kW cada (272 cv) que, no total, garantiriam 544 cv e 649 Nm de binário.
Tudo isto permitir-lhe-ia cumprir os 0 aos 100 km/h em 4,8s — um muito bom valor tendo em conta as 2,6 toneladas — e atingir os 201 km/h de velocidade máxima (limitados). Já a autonomia deveria ser um dos seus principais argumentos: aproximadamente 1000 km, mais precisamente 966 km, perto do dobro do Tesla Model X Long Range.
De acordo com Sir James Dyson, o projeto do carro elétrico da Dyson custou 500 milhões de libras (cerca de 564 milhões de euros) do seu próprio dinheiro antes de decidir cancelá-lo. A conclusão a que ele e a sua empresa chegaram é de que o veículo não seria comercialmente viável, decidindo terminar o projeto.
Ele estimou que cada unidade tivesse de gerar 150 mil libras (cerca de 168 500 euros) só para atingir o “break-even”. Sem uma gama lucrativa de modelos com motores de combustão para suportar este projeto, as perdas seriam enormes por cada unidade produzida.
Quanto à equipa envolvida no projeto, composta por cerca de 500 elementos, está hoje envolvida noutros projetos da Dyson.
Fontes: CarScoops; Autocar; engadget e The Sunday Times.
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