A DECO PROTESTE colocou à prova o BMW i7 xDrive60, Mercedes-Benz EQS 580 4Matic e NIO eT7, três grandes familiares elétricos, para testar a tecnologia chinesa mais recente e compará-la com marcas alemãs de referência. O objetivo era perceber até onde a tecnologia chinesa conseguia competir com marcas alemãs já consolidadas no mercado. A DECO PROTESTE comparou os carros em termos de condução, espaço interior, desempenho, tecnologia e custo.
O BMW i7 destacou-se pela sua condução muito confortável e espaço abundante a bordo, mas perdeu pontos devido ao comprimento excessivo, mala não extensível e pior visibilidade global. Por outro lado, o Mercedes-Benz EQS 580 4Matic brilhou pela maior versatilidade interior e menor diâmetro de viragem medido, proporcionando também um nível elevado de conforto, mas foi o mais caro e o sistema operativo representou um enorme fator de distração para o condutor. Já o NIO eT7 fez tudo bem e foi imbatível nos consumos, porém, apresentou problemas como o desempenho fraco no carregamento e os sistemas de apoio pouco fiáveis, o que o impediu de destronar os rivais alemães.
Apesar de o NIO eT7 apresentar uma excelente construção e ótimos acabamentos, alguns plásticos rígidos nas portas e na consola central revelaram limitações. No conforto da direção, o Mercedes-Benz EQS e BMW i7 dominaram e impressionaram pela excelente suspensão, nível de ruído mínimo no interior e bancos excelentes. O NIO eT7 não foi tão bom a proteger os ocupantes dos solavancos, sendo o carro mais ruidoso a bordo. O diâmetro de viragem do Mercedes-Benz EQS não tem precedentes, com apenas 11 metros.
No que diz respeito à tecnologia a bordo, o cockpit é dominado por grandes ecrãs, sendo que o Mercedes-Benz EQS ofusca a concorrência com o painel tátil Hyperscreen ocupando toda a largura interior do carro. O NIO eT7 levou o princípio de comando tátil ao extremo, o que comprometeu a facilidade de manuseamento. O BMW i7 apresentou muitas configurações que podem ser feitas na consola central, além dos comandos no ecrã tátil.
Em termos de custos, a estimativa é que o NIO eT7 chegue a rondar os 90 mil euros, enquanto os rivais alemães são muito mais caros. A DECO PROTESTE recomenda que se utilize o simulador do custo por quilómetro para avaliar as despesas para os anos de posse e o número anual de quilómetros definido.
Em suma, a DECO PROTESTE conclui que os fabricantes chineses de automóveis elétricos têm de ser levados a sério e que o NIO eT7 confirma isso mesmo com o design atrativo, construção rigorosa, tecnologia moderna, bancos confortáveis e comportamento competente. No entanto, as falhas no software, bancos traseiros sem rebatimento, bagageira pequena e direção leve, bem como o desempenho fraco no carregamento e os sistemas de apoio pouco fiáveis, são desafios a superar.