Ele é o oposto do que se propõe em economia de combustível e, de certa forma, é um dos últimos esforços de uma indústria antiga que tenta lutar até o fim para manter um estilo de automóvel tradicional. Porém, ele também é a origem de um futuro mais ecológico.
A contradição acima vem do Toyota GR Yaris, o hatch anabolizado vendido em forma limitada na Argentina, mas que tem seu maior público garantido no Japão e outros lugares.
Longe de ser híbrido ou movido por etanol, o esportivo purista é um vislumbre do futuro em seu motor, mas não o M15A-FKS 1.5 de três cilindros de sua versão com 120 cavalos. Essa é, digamos, apenas para inglês ver e a legislação também.
A questão está em outro três cilindros, o G16E-GTS. Até no nome o bicho diz o que pode fazer, chegando a 272 cavalos com turbo. Com seus 1.618 cm³, esse motor fora de padrão (comercial) doa o bloco para um carro de competição, um Corolla Sport, que andou nas 24 Horas de Fuji.
Ainda longe de qualquer economia, no entanto, esse Corolla Sport já indica o futuro, ao ser movido por hidrogênio. O termo “movido” se aplica como se entende, ou seja, ele é abastecido e queima esse combustível.
Demonstrada a capacidade de um carro andar com hidrogênio sem precisar de células de combustível, o próximo passo será dado: Corolla e Prius terão versões a hidrogênio em 2023. A princípio, o motor é o G16E, mas sem o GTS…
Provavelmente ele também não terá turbo, pelo menos no Prius, que trocará o atual 1.8 a gasolina por este 1.6 a hidrogênio. Com cilindros no lugar do tanque, o liftback continuará um híbrido, cortando assim as emissões que faz hoje.
No caso do Corolla, a proposta é a mesma das versões a gasolina, diesel e flex que existem, mas ele seria mais parecido com um carro a gás natural.
Com essa dupla, a Toyota espera reduzir o tempo para alcançar a meta de carbono zero e ainda manter sua indústria antiga, porém, ambientalmente amigável com as regras atuais e futuras.
Por aqui, a conversa é a mesma, mas com o etanol na pauta das montadoras, incluindo a japonesa. Na visão da Toyota, se o álcool será a alternativa para os emergentes, o hidrogênio combustível será para os mercados consolidados. Isso tudo em meio a células de combustível e elétricos.
[Fonte: Forbes]