O presidente Jair Bolsonaro classificou como bem-vinda a notícia de que o governo dos Estados Unidos liberou uma cota adicional de 80 mil toneladas de açúcar do Brasil, a ser exportada pelos produtores do Nordeste.
Ele reconheceu que, para a balança comercial, o número é pouco representativo, mas a decisão é um sinal do bom relacionamento com os americanos para melhorar o ambiente de negócios.
Bolsonaro fez a afirmação durante a transmissão semanal ao vivo pela internet, na quinta-feira (24). Destacou que o consumo de etanol caiu por conta da pandemia e o Brasil tem pela frente o que chamou de “supersafra” de cana-de-açúcar. Sendo assim, se as usinas não produzirem o combustível, fabricarão a commodity.
“Se não faz etanol, faz açúcar. E, obviamente, essas 80 mil toneladas que vão importar será exclusivamente da região Nordeste. Para a balança comercial, representa muito pouco, mas é um sinal para aqueles que nos criticam de que temos, sim, um bom relacionamento com os Estados Unidos”, disse o presidente.
Anunciada nesta semana, a cota adicional de açúcar foi classificada pelo governo como uma contrapartida do governo de Donald Trump à renovação de uma cota de importação de etanol livre de tarifas por parte do Brasil.
Nas redes sociais, Bolsonaro disse que a decisão foi o primeiro resultado das negociações bilaterais relacionadas ao setor sucroenergético. Com isso, a cota total de açúcar do Brasil passou de 230 mil para 310 mil toneladas.
“Verdadeiramente sustentável”
Participando da transmissão ao vivo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o carro híbrido brasileiro, movido a etanol e energia elétrica, é o carro “verdadeiramente sustentável”.
Ele ressaltou que o veículo elétrico usado em outros países não tem bateria reciclável e a energia elétrica que os abastece provêm de termelétricas a carvão.
Salles disse ainda que o Brasil não é o vilão das discussões sobre emissões de gases de efeito estufa e as mudanças climáticas. “Essa discussão é culpa dos países desenvolvidos, que, durante a revolução industrial, cortaram floresta, usaram madeira, continuaram queimando combustível fóssil enquanto nossa energia é limpa”, afirma.