Na última semana, a Volvo anunciou a intenção de ser totalmente elétrica até 2030. Isso significa que até mesmo os modelos híbridos, que hoje compõem toda a gama da companhia no Brasil, por exemplo, serão extintos até lá. A proposta, claro, é de sustentabilidade.
A Volvo, inclusive, já tem dois carros elétricos preparados, o XC40 Recharge e o C40 Recharge. Mas por mais chocante que seja, a marca sueca que pertence à chinesa Geely, não é a única a ter tomado essa posição firme em direção ao futuro da mobilidade.
Outras empresas e conglomerados automotivos também já estão navegando nesse sentindo. Seja por conta das enormes restrições que se avizinham no mercado de veículos para emissões e ruídos e que foram antecipadas, especialmente na Europa.
Outro grupo que espantou a todos quando anunciou que seria 100% elétrico até 2035 foi a General Motors (GM). Um dos grandes americanos, o grupo confirmou que o foco é ser totalmente elétrico em todo o mundo, isso inclui o Brasil. Para 2040 a marca não quer ser responsável por emissão de carbono. Isso significa que até as fábricas e toda a cadeia de produção terá que se adaptar a proposta de não emitir carbono.
A posição da GM vem ao encontro de medidas iguais as europeias que têm sido tomadas por alguns estados norte-americanos, como é o caso de Massachusetts e da Califórnia. Além disso, se apostar em ser 100% elétrica, a GM pode reprogramar uma entrada na Europa, onde a empresa deixou de atuar com a Chevrolet.
Se os americanos da GM foram ousados, os da Ford são um pouco mais cautelosos. Fazendo o possível para ajustar as contas e a operação, o que levou ao fechamento de todas as suas fábricas no Brasil e em outros lugares. Agora, com foco em sustentabilidade, a empresa confirmou que até 2030 será 100% elétrica na Europa também.
O primeiro modelo elétrico da Ford gerou muita polêmica, menos por ser elétrico, mas mais sim pelo seu nome. O Mustang Mach-E. O elétrico que tem ares de SUV/Crossover emprestou o nome de um dos mais icônicos carros da Ford e isso não agradou muitos puristas, mas já tem até versão de alto desempenho e em breve terá um irmão menor.
Voltando as companhias europeias, A Jaguar Land Rover decidiu transformar a primeira das duas marcas em 100% elétrica até 2025, o menor prazo até agora. Até 2039, o foco é zerar a pegada de emissão de carbono. Ou seja, até lá, a marca de SUVs de luxo, a Land Rover, também terá feito a transição por completo para o mundo da eletrificação.
Voltando a base da empresa sueca Volvo, eles transformaram, antes de iniciar a trilhar o caminho elétrico, a Polestar em uma marca de elétricos. Antes divisão responsável por carros de desempenho ou com ajustes esportivos, se tornou uma marca de elétricos de alto desempenho com os Polestar 1 e Polestar 2. Em breve o terceiro carro da companhia será lançado.
Antes responsável por oferecer carros subcompactos para uso urbano na Europa, a Smart foi uma das primeiras a fazer a transição. A marca que pertencia ao grupo Daimler (Mercedes-Benz) passou para o controle da parceira Geely – que também é dona da Volvo e da Polestar.
Desde 2019 só há versões elétricas do carro compacto e foi o que salvou a marca que iria morrer se não fosse a eletrificação. Agora, os alemães cuidam só do visual, enquanto a Geely é responsável por toda parte de engenharia e arquitetura.