Além das caixas cheias de potes de mel de abelha, o venâncio-airense Edson Ricardo Schwendler irá carregar em sua caminhonete frascos de álcool em gel e máscaras para viajarem com ele a Esteio. Essa preparação faz parte dos protocolos exigidos aos agricultores expositores que irão participar da Expointer Digital.
A Casa do Mel Schwendler, de Linha Olavo Bilac, irá representar Venâncio Aires no evento que ocorre em um formato diferente. A feira se remodelou para atender as exigências sanitárias e evitar a disseminação do coronavírus. Este ano, em comemoração aos 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil, a feira acontecerá entre os dias 26 de setembro a 4 de outubro e os visitantes vão poder acompanhar transmissões por uma plataforma digital inovadora. Será o maior evento digital do agronegócio em um formato híbrido que mistura o presencial no parque e o virtual, através de uma plataforma on-line.
Um dos setores que foi reformulado foi o pavilhão da agroindústria familiar. Neste ano, com menos empreendimentos, o setor atenderá no formato drive-thru. Serão apenas 55 expositores, dentre eles, o venâncio-airense que mora no quarto distrito.
As preparações para participar do evento já iniciaram. Os 500 quilos de mel já estão sendo envasados, reuniões on-line também fazem parte da rotina de Schwendler, que está atento aos protocolos. “Não será uma feira normal, teremos que nos adaptar. Mas a expectativa está grande”, comenta o produtor.
Esse será o terceiro ano em que a Casa do Mel Schwendler participa da Expointer. Em 2018, além de novos mercados, experiências e 900 quilos de mel comercializados, a família voltou com o prêmio de terceiro lugar no Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar, promovido pelo Programa Estadual da Agroindústria Familiar (PEAF). “Voltei com ideias e cheio de expectativas. Retornei com o objetivo de aprimorar a qualidade do mel”, frisa Schwendler.
A ideia deu certo e em 2019, segundo ano de participação, o produtor se dedicou a produzir um mel diferenciado, que conquistou os jurados e foi premiado com o primeiro lugar e selo de melhor mel gaúcho. Após essa conquista, o produtor largou outras culturas que conciliava com a rotina de apicultor e passou a se dedicar exclusivamente à função, ao lado da família.
Schwendler havia se preparado para participar da Expointer neste ano. Mas, no início, o cenário apontava que a feira não iria ocorrer. “Quando fiquei sabendo que a feira iria acontecer em um formato diferente, logo analisei a possibilidade de participar. A expectativa é de comercializar, no mínimo, a mesma quantia que no ano passado”, estima o apicultor que comercializou 450 quilos na segunda edição da feira.
O diferencial destacado pelo produtor é que neste ano apenas três agroindústrias de mel irão participar. Na última edição foram mais de 20. “Aqui na nossa região produzimos um mel saboroso pela diversidade de flores. Não tem um sabor único, de apenas uma flor”, enaltece. A remessa de mel que Schwendler irá expôr na Expointer será a variedade eucalipto e uva japão.
Além da comercialização, a divulgação pós venda é o foco do produtor. “Precisamos aproveitar as oportunidades. A Expointer me possibilitou abranger mercado. Além disso, todo ano vou aprendendo e consigo ir me aperfeiçoando. O mel de qualidade se faz em detalhes.”
“A Expointer abriu mercado, me deu oportunidades. Eu nunca imaginei que poderia viver apenas do mel. As feiras abriram esse leque e muita coisa mudou, em pouco tempo.”
EDSON RICARDO SCHWENDLER
Apicultor
Expositores e público: os protocolos para acessar o Pavilhão
Apesar da feira iniciar no sábado, 26, os expositores irão a Esteio na sexta-feira, 25. Ao chegarem lá, passarão por uma testagem para a Covid-19. Após, terão um espaço para o alojamento. Nesta edição, algumas mudanças serão adotadas. O uso de máscara será obrigatório, além de álcool em gel para higienizar frequentemente as mãos.
Será uma feira com diversidade, apesar do número reduzido de expositores, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) estima que o pavilhão terá todos os itens como se estivesse com a capacidade máxima. Serão 55 empreendimentos, que vão desde panificados, geleias, mel, cachaças, queijos e embutidos, plantas, artesanatos, dentre outros distribuídas em 50 estandes no Parque Assis Brasil.
Conforme o assessor de política e agroindústria da Fetag, Jocimar Rabaioli, a seleção das agroindústrias que comercializarão no local foi realizada preservando a diversidade de produtos que é característica da agricultura familiar na Expointer. “Neste ano nossa meta é trabalhar com a diversidade dentro desse leque, para que quando o consumidor venha até a feira possa buscar uma infinidade de produtos.” No ano passado, o pavilhão conseguiu trabalhar com a totalidade do espaço de 330 expositores.
O público irá acessar a Expointer de carro, e cada estande terá espaço para estacionamento de até três carros. Porém, o consumidor não pode desembarcar do veículo. Os visitantes poderão comprar os produtos de sua preferência no conforto de seus carros, no sistema drive-thru.
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