O Peugeot 508 é um sedã de porte médio-grande que foi vendido no Brasil entre 2012 e 2014. O modelo foi o topo de linha da marca após o fim da comercialização do hoje muito raro Peugeot 607 e do menor Peugeot 407.
Vendido aqui apenas como sedã executivo, o 508 utilizou-se da mecânica THP já oferecida nos demais modelos da Peugeot para reduzir o custo de manutenção e compartilhar alguns componentes com produtos menores.
Feito sobre a plataforma PF3, o Peugeot 508 teve ainda uma variante perua, a 508 SW, que não foi vendida aqui. Esta chegou a ter uma versão aventureira com propulsão híbrida e movida por diesel.
O 508 evoluiu para a plataforma modular EMP2, perdendo o desenho de sedã tradicional e adotando um esportivo esportivo, reforçado por sua carroceria fastback na Europa.
Na China, o Peugeot 508 adotou uma configuração de sedã esportivo. A perua chegou também e apostou numa proposta shooting brake. Híbrido plug-in, esse novo carro chamou muita atenção, mesmo no Brasil.
No momento, o 508 não é vendido no Brasil e, por ora, não há planos para traze-lo, apesar da boa recepção que ganhou por aqui, atribuída ao design excelente e proposta diferenciada, se tornando um rival do VW Arteon.
Peugeot 508
Na gama de produtos da Peugeot, o segmento de sedãs compreendia quatro categorias, sendo que a topo de linha era preenchida pelo 607, enquanto o 301 ficava nos compactos e o 408 no médio.
Então, o Peugeot 508 surgia num degrau acima deste último, usando uma plataforma maior que as PF1 e PF2 dos menores e compartilhando a mesma com o 607.
Nesse segmento, o Peugeot 508 surgiu em 2010 como proposta de novo topo de linha da marca, sendo um modelo menor e mais barato que o anterior 607.
Focado num segmento executivo, o sedã chegou a ganhar uma perua, sendo produzido – além da França – na China, Malásia e Nigéria. Na motorização, focou somente em propulsores de quatro cilindros.
Peugoet 508 – Estilo
O Peugeot 508 foi vendido no Brasil entre 2012 e 2014. O modelo chegou com visual bem sofisticado e já com a releitura visual da marca, que pode ser notada na grade envolvente com frisos cromados.
O capô era alto e tinha vincos bem pronunciados, levando ainda o logotipo do leão, enquanto os faróis triangulares eram direcionais e com facho de xenônio. Eles tinham ainda lavador.
O para-choque era envolvente e dispunha de três aberturas inferiores, sendo que em duas delas estavam os faróis de neblina e as luzes diurnas em LED. O Peugeot 508 igualmente trazia sensores de estacionamento dianteiros.
Um pequeno spoiler se destacava na parte inferior do protetor. Já nas laterias, o 508 trazia belas rodas de liga leve aro 18 polegadas com pneus 235/45 R18. Havia frisos cromados apenas no entorno das janelas.
Na traseira, o Peugeot 508 tinha lanternas em LED com lentes estilizadas que imitavam as garras do leão. Os retrovisores tinham tamanho mediano e possuíam repetidores de direção em LED, bem como rebatimento elétrico.
As maçanetas eram na cor do carro, tal como os suportes dos retrovisores. Na traseira, a tampa do porta-malas era pequenas e envolvente, tendo friso cromado e o logo do leão com o nome Peugeot ao centro.
O para-choque era bem liso e chamava atenção por deixar a placa num moldura inferior, rente à base da carroceria. Tinha refletores e sensores de estacionamento, assim como câmera de ré.
Com carroceria bem fluida, o elegante Peugeot 508 tinha uma aerodinâmica eficiente e não apostou em detalhes esportivos, como escapes cromados ou algo assim. O teto solar elétrico tinha tamanho padrão.
Por dentro, o Peugeot 508 era um carro bem sóbrio e com alguma sofisticação, tendo ótimo espaço interno e muito conforto. A versão que veio ao Brasil era topo de linha na Europa.
O painel tinha linhas bem funcionais, que apresentavam cluster analógico com mostradores grandes e bem visíveis, inclusive com manômetro de óleo, além de display dos hodômetros e computador de bordo em tela central.
O volante era revestido em couro e tinha aro achatado na base, além de comandos envolventes na parte inferior e giratórios. Na direção, podia-se ajustar computador de bordo, mídia, telefonia e piloto automático com limitador.
A direção tinha múltiplos ajustes e ainda vinha com paddle shifts para trocas manuais sem tirar as mãos do volante. Com ar condicionado quadri zone, o Peugeot 508 tinha multimídia com tela de 7 polegadas e comandos físicos de áudio.
Havia também navegador da Tom Tom, mas não imagem traseira, já que uma das falhas do Peugeot 508 no país era não ter a câmera de ré. Reproduzia também CD e DVD, tendo ainda entradas USB e auxiliar, bem como Bluetooth.
O sistema de som era da Arkamys com dez alto-falantes, um subwoofer de 150 watts no porta-malas e um amplificador de 500 watts. Quem ia atrás, gozava de um luxo que poucos tinham: duas zonas de temperaturas num display próprio.
No console central, acabamento em preto brilhante com alavanca em couro, além de comando para navegação na multimídia, bem como sistema de auxílio em manobra e faróis adaptativos, entre outros.
Porta-luvas e porta-objetos central eram refrigerados. O acabamento geral era em couro preto, com os bancos dianteiros eram dotados de ajustes elétricos, mas sem memória. Não havia aquecimento dos assentos.
A partida era por botão no lado esquerdo do painel, junto com o freio de estacionamento eletrônico e próximo da abertura elétrica do porta-malas.
O Peugeot 508 oferecia persianas nas janelas traseiras e na vigia traseira, mas esta era manual também. Um HUD colorido vinha de fábrica. O sistema de estacionamento media o tamanho da vaga e dava três níveis de dificuldade ao condutor, que decidia se estacionaria ou não. Faltou de fato um Park Assist.
Bem completo, o Peugeot 508 entrega um pacote de itens generoso, que incluía também sensores de chuva e crepuscular, seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, apoio de braço traseiro articulável, entre outros.
Atualização
Já fora do Brasil, o Peugeot 508 foi atualizado para a linha 2015 na Europa. O sedã francês ficou mais sofisticado visualmente com a adoção de faróis duplos de LED adaptativos.
As lentes ficaram mais retilíneas e adotaram luzes diurnas em LED, além do chanfro na base das lentes, outra marca do design inspirado no felino da Peugeot.
A grade ficou afilada e hexagonal, ganhando um formato mais retangular. O logotipo do leão passou para a grelha entre vincos cromados e com o nome Peugeot em baixo relevo mais acima. O capô recebeu novos vincos.
O para-choque ganhou novo visual, contando a parte inferior em preto e com grade remodelada, bem como molduras laterais com faróis de neblina menores e assinatura visual em LED.
As rodas de liga leve receberam novos desenhos, enquanto a traseira admitiu lanternas em LED com feixes de luz mais sofisticados e agora com três barras em efeito 3D, mas com a parte branca com piscas e luz de ré comuns.
A tampa do porta-malas ganhou um formato ressaltada na extremidade, enquanto a parte inferior manteve logo e nome da marca. O para-choque recebeu a parte inferior com moldura retangular e novos refletores e acabamentos cromados.
O Peugeot 508 RXH também recebeu alterações no visual, ganhando novas lanternas também. Na Europa, o modelo teve também motores 2.0 aspirado, enquanto na China foram usados propulsores 1.8 e 2.3 litros.
Com diesel, a linha HDi e BlueHDi teve unidades 1.6, 2.0 e 2.2 usadas pelo 508. No caso de transmissão, havia opção manual de cinco marchas e, a partir de 2015, do automático EAT6 de seis marchas, mais moderno.
Peugeot 508 – Motor
Com 4,792 m de comprimento, 1,853 m de largura, 1,456 m de altura e 2,817 m de entre eixos, o Peugeot 508 pesava 1.410 kg e era um carro bem grande. Para suportar esse peso e ainda entregar uma performance aceitável, ele apostou num 1.6 turbo.
Este era o motor THP que fazia parte da família Prince, desenvolvida em parceria com a BMW. O propulsor de alumínio com cabeçote de 16V, tinha turbocompressor com intercooler e injeção direta de combustível.
Ele já era utilizado aqui em modelos como o Peugeot 3008 e agora no sedã de luxo, tendo ainda compartilhamento com os modelos 308 e 408, por exemplo.
Então, logicamente a Peugeot conseguiu padronizar sua gama superior com um mesmo motor, reduzindo assim os custos logísticos e de manutenção para os clientes.
O THP é usado até hoje, tanto abastecido com gasolina (importados da marca) quanto flexível (nacionais), tendo 1.598 cm3 e trabalhando com taxa de compressão de 10,5:1. Ele tem comando de válvulas variável apenas na admissão.
O Peugeot 508 entregava assim os mesmos 165 cavalos a 6.000 rpm e 24,5 kgfm a partir de 1.400 rpm, trabalhando junto com uma caixa automática de seis velocidades, que era oferecida na época apenas para este motor.
Com conversor de torque, ela tinha opção de modos de inverno e esportivo, além de opção de mudanças manuais na alavanca ou na direção.
Dessa forma, o Peugeot 508 ia de zero a 100 km/h em 9,2 segundos com máxima de 220 km/h. No consumo, o topo de linha do leão fazia 8,4 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada, medidos pelo Inmetro.
Tais números não eram de todo ruins por conta do porte do carro. Na estrada, com seu tanque de 72 litros, o 508 podia rodar teoricamente 820 km, nada mal.
Com plataforma PF3 sendo bastante rígida, o Peugeot 508 tinha uma estrutura bem sólida e segura, tendo direção eletro-hidráulica, suspensão McPherson na frente e multilink atrás, esta montada sob uma cobertura de aço.
Nessa configuração, o Peugeot 508 buscou atrair um público de maior idade e poder aquisitivo, sem qualquer pretensão à esportividade. Era tinha algum refinamento e trouxe coisas boas também, com algumas ausências notáveis.
Peugeot 508 SW
O Peugeot 508 foi vendido no Brasil até 2014 e antes de receber o facelift na Europa, quando saiu de cena numa reformulação do portfólio, que passou a focar mais nos utilitários esportivos. Com isso, o modelo ficou pouco tempo por aqui e nem trouxe a perua SW.
Esta perua de carroceria volumosa só existiu na Europa, sendo uma das station wagons mais desejadas por lá. Apesar de existir em versões comuns, a mais famosa é a RXH.
Tratava-se de uma opção híbrida e abastecida por óleo diesel. Lançada no Salão de Paris de 2011, a Peugeot 508 RXH tinha motor 2.0 HDi com filtro de partículas que entregava 163 cavalos e um motor elétrico de 37 cavalos, que ficava montado no eixo traseiro.
Ele provia a força apenas para as rodas traseiras, enquanto as dianteiras eram movidas pelo motor 2.0 Turbo. O câmbio também era automático de seis marchas.
Com potência combinada de 252 cavalos e 45,8 kgfm, a Peugeot 508 RXH fazia 23,8 km/l e emitia somente 109 g/km de CO2, menos que um carro popular na época.
Essa força conjunta só podia ser usada até 120 km/h por causa da limitação do motor elétrico. Sua produção durou até 2018 na Europa e China, continuando ainda na Tailândia.
Nova geração
Revelado no Salão de Genebra de 2018, o Novo Peugeot 508 chegou bem diferente daquele que foi vendido no Brasil. O sedã de luxo elegante deu lugar a um carro mais esportivo e jovial.
Na Europa, até sua carroceria mudou de segmento, passando de sedã para fastback, inclusive com vidro traseiro integrado à tampa do porta-malas. Ele ainda ganhou a versão perua, igualmente mais atraente.
Com 4,750 m de comprimento, 1,859 m de largura, 1,403 m de altura e 2,795 m de entre eixos, o Novo 508 passou a ser feito sobre a plataforma modular EMP2, abandonando a antiga arquitetura PF3.
Tendo estilo bem expressivo e teto curvado, o Peugeot 508 2019 é um carro que chama muita atenção, tendo frente curvada com capô limitado numeral 508 sobre a moldura frontal.
Os faróis retangulares possuem projetores de LED e as luzes diurnas de mesma tecnologia descem verticalmente até a base do para-choque. Este possui formas vincadas e grade retangular ampla.
As portas traseiras são grandes, enquanto as colunas C se inclinam acentuadamente em direção ao porta-malas, criando assim um perfil mais próximo ao de um cupê. Uma extensão da moldura das janelas identifica a versão.
A tampa do porta-malas é integrada à vigia traseira, embora visualmente pareça um sedã. Esta tem um ressalto na parte superior. Já as lanternas em LED possuem barras triplas verticais e lente única para fundi-las no visual.
No centro do conjunto, o logotipo do leão, enquanto o para-choque possui placa em moldura específica e base com acabamento preto, refletores e escapes integrados.
Por dentro, o ambiente é bem moderno, tendo conceito i-Cockpit 3.0 com cluster digital elevado, volante pequeno em formato hexagonal e console largo com alavanca de câmbio tipo joystick num conjunto com botão de partida.
A multimídia tem tela de 8 polegadas, enquanto a parte inferior vem com teclas cromadas em estilo piano. O Novo Peugeot 508 traz ainda apoio de braço central bipartido, como no 3008.
Na versão perua, a linha do teto cai menos sobre as colunas C, mas seu visual ainda é bem expressivo. As cabine se estreita ligeiramente sobre a base traseira, dando assim um ar mais esportivo ao produto.
Na mecânica, ambos são oferecidos com os motores recentes Puretech 1.6 Turbo (ex-THP) com 180 ou 225 cavalos, além de versões diesel 1.5 e 2.0 BlueHDi com 130, 160 e 180 cavalos. O câmbio é manual de seis marchas ou automático com oito velocidades, sempre com tração traseira.
O Novo Peugeot 508 tem ainda suspensão traseira multilink para manter a herança da geração anterior e agora uma versão híbrida com motor 1.6 Turbo de 180 cavalos e motor elétrico no eixo traseiro, tendo baterias de lítio que podem ser recarregadas.
Na China, o 508 recebeu uma variante longa, chamada Peugeot 508L, que é 10,6 cm mais comprida e tem entre eixos 5 cm maior.