O Brasil é grande e abrangente quanto ao número de marcas automotivas. Diversos momentos econômicos e tributários diferentes ditaram o destino de algumas montadoras e importadoras: enquanto umas fincaram raízes e estão na ativa, outras deixaram nosso país e, até hoje, não têm planos de voltar. Algumas até simplesmente deixaram de existir até lá fora.
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Confira abaixo outras montadoras que saíram do Brasil e como elas estão hoje:
Geely
Presente no Brasil entre 2014 e 2016, a fabricante chinesa vendeu apenas dois modelos: o hatch GC2 e o sedã EC7 que não foram bem recebidos pela mídia e pelos consumidores. Difíceis de serem vistos nas ruas, a dupla também se tornou raridade no mercado de usados.
Como ela está hoje?
Após comprar a Volvo e criar a marca Lynk & Co, tornar a Polestar uma marca de elétricos e comprar a Lotus e a Proton, a Geely evoluiu muito. Seus carros possuem uma forte identidade visual e maior qualidade de construção. Os mais recentes modelos da marca usam plataforma Volvo e tecnologia compartilhada.
Mahindra
Com direito a uma fábrica nacional, a indiana Mahindra não conseguiu se destacar no segmento de SUVs e picapes no Brasil. Em seu melhor momento, a marca vendeu 250 carros em um mês, número que ficou dividido entre o SUV Scorpio e sua versão picape.
Como ela está hoje?
Desde sua saída do Brasil em 2015, a Mahindra reestilzou o Scorpio três vezes e apostou com força no segmento de SUVs. Hoje ela possui desde modelos compactos até SUVs de sete lugares. Ela também é dona da coreana SsangYong e das operações indianas da Ford.
Mazda
Fora do nosso país desde o final dos anos 1990, a Mazda deixou saudades. Ficou conhecida por aqui por conta do cupê MX-3, que se tornou vítima das discutíveis modificações dos anos 2000 influenciadas pelo filme Velozes e Furiosos. Havia também alguns sedãs, mas que poucos lembram.
Como ela está hoje?
Internacionalmente, a Mazda é reconhecida por ser um pouco mais refinada e com pegada mais entusiasta que suas conterrâneas Honda, Toyota e Nissan. Seus SUVs fazem sucesso de público e crítica, especialmente o compacto CX-3. Já o conversível MX-5 Miata ainda é um dos carros preferidos dos entusiastas.
Daihatsu
Popularizada no Brasil pelo SUV subcompacto Terios, a Daihatsu teve atuação curta no Brasil. A marca, hoje pertencente à Toyota, ensaia um retorno ao país, como foi declarado pelo presidente Soichiro Okudaira em 2018.
Como ela está hoje?
A Daihatsu se especializou ainda mais em carros pequenos e agora aposta na vertente do baixo custo, que levou à criação dos SUVs subcompactos Daihatsu Rocky e Toyota Raize. Além disso, ela possui um interessantíssimo esportivo pequeno, o conversível Copen.
Alfa Romeo
Rival italiana de Audi, BMW e Mercedes-Benz, a Alfa Romeo chegou a produzir no Brasil no século passado, mas abandonou o nosso mercado no começo dos anos 2000. Em seus últimos momentos por aqui, os belíssimos 156 e 147 dividiam o showroom com os Fiat Palio e Mille.
Como ela está hoje?
Junto da Jeep e da RAM, a Alfa Romeo está no trio de marcas mais importantes do grupo FCA. A Alfa voltou a produzir modelos de tração traseira com o elegante Giulia e o estonteante SUV médio Stelvio. Para os próximos anos prepara um SUV compacto com plataforma de Compass e motor híbrido além de um modelo de sete lugares.
Daewoo
Lembrada por aqui pelo sedã Espero que compartilhava peças com o Chevrolet Monza, a Daewoo foi desaparecendo aos poucos após a invasão das coreanas nos anos 1990. O último resquício da montadora no Brasil foi o Chevrolet Cruze de primeira geração, desenvolvido pela Daewoo na Coreia do Sul.
Como ela está hoje?
A Daewoo não existe mais. Ela foi absorvida totalmente pela GM e transformada em Chevrolet Coreia do Sul, que agora tem a continuidade de suas atividades ameaçadas.
Lada
Única fabricante russa a vender carros no continente sul americano, a Lada fez sua fama pela robustez por algumas peculiaridades. Até hoje clubes da marca organizam trilhas off-road de alta dificuldade com o parrudo Niva.
Como ela está hoje?
Adquirida pela Renault, a Lada está em processo de renovação. Seus principais modelos hoje, o sedã Vesta e o SUV compacto XRay, possuem plataforma de Sandero e mecânica Renault. A próxima geração do Niva já foi confirmada e será baseada no Duster.
Asia
Pare na porta de uma escola e a chance de ver uma Asia Topic lotada de crianças ou uma Asia Towner vendendo cachorro-quente até antes da pandemia era grande. Feitas para o trabalho, as vans coreanas ganharam fama e não parecem que vão largar do batente tão cedo.
Como ela está hoje?
A Asia foi descontinuada pela Kia após sua aquisição no final dos anos 1990. Os nomes Topic e Towner foram reaproveitados no Brasil pela chinesa Hafei.
Seat
Subsidiária espanhola da Volkswagen, a Seat deixou o Brasil no começo dos anos 2000, mas, até o Salão do Automóvel de 2014, a fabricante marcava presença no evento com um discreto estande. Até hoje alguns fãs desejam o retorno da Seat.
Como ela está hoje?
Com forte presença na Europa, em especial na Espanha, a Seat está crescendo no mercado de SUVs com o compacto Arona (primo do VW T-Cross), médio Ateca (derivado do Tiguan) e com o grande Tarraco (derivado do Tiguan Allspace). A Seat até deu origem a uma marca de esportivos chamada Cupra.
MG
A Morris Garage teve passagem rápida no Brasil. Com carros produzidos na China, mas com fama de marca inglesa, a MG apostou em modelos caros e refinados, o que resultou em uma participação muito tímida por aqui.
Como ela está hoje?
A linha se modernizou desde a saída do Brasil. Hoje, a MG conta com maior presença global, chegando recentemente à Índia com modelos rebatizados da Baojun. Na Europa, aposta nos SUVs elétricos.
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