Com motor Renault, novo Mercedes ‘AMG’ fica R$ 150 mil mais caro
As ‘mudanças’ que a Mercedes-Benz fez em seu utilitário esportivo são capazes de justificar o seu novo preço? Deu a louca nos alemães…
Por AutoPapo/ Comentários
GLA AMG Line: só visual (Foto: Mercedes-Benz | Divulgação)
A Mercedes-Benz lançou nesta terça-feira (23) a nova geração do GLA. O SUV foi totalmente renovado, apresentando maiores dimensões externas e internas e chega em versão única, GLA 200 AMG Line, por R$ 325.900, um aumento de R$ 150 mil em relação à geração anterior.
O novo GLA também ganhou novo motor.Mas quem esperava um foguete pelo sobrenome AMG pode ficar frustrado: tratas-se de um 1.3 turbo quatro cilindros em linha, com 163 cv e 25,5 kgfm de torque, um ganho de 7 cv em relação ao 1.6 que o equipava anteriormente. Curiosamente, esse motor 1.3 é o mesmo que equipará o Renault Duster – não erramos, é isso mesmo!
Com o mesmo motor, também tem, dentro da linha Mercedes, o SUV GLB que transporta 7 ocupantes – por R$ 25 mil a menos.
Para justificar o preço, a Mercedes usa 0 pacote AMG Line é meramente estético e não acrescenta qualquer pitada a mais de desempenho. Externamente, ele tem grade frontal diamante com pins cromados, para-choques exclusivos, rodas AMG de 20 polegadas e acabamentos cromados nas maçanetas e linhas laterais das janelas.
No interior, a marca alemã implantou duas telas de 10” no quadro de instrumentos e console central, que trabalham em conjunto com o sistema MBUX, que tem comandos de voz.
Como se espera de um carro de mais de R$ 300 mil, há um farto pacote de itens de série, com destaque para o controlador de velocidade adaptativo, assistente de direção, assistente de ponto cego, assistente de manutenção de faixa, assistente de desembarque, assistente de estacionamento e câmera de ré, carregador de celular wireless, pacote completo de funções Keyless GO (partida, aberturas e fechamento de portas e porta-malas sem uso da chave), faróis de LED e teto solar panorâmico.
Será que é assim que a Mercedes pretende se safar do último lugar em vendas entre as marcas premium em 2020? Atrás da BMW, Volvo e Audi e apenas à frente da Jaguar Land Rover?
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Pedro Cerqueira/Portal Vrum
Recentemente reestilizado, o Honda Accord foi escolhido para dar o pontapé inicial na estratégia de eletrificação da marca no país. O modelo chega ao mercado brasileiro no início do segundo semestre apenas na versão híbrida, o primeiro de três modelos eletrificados anunciados até 2023. Em nível mundial, a Honda pretende que dois terços de sua gama já esteja eletrificada até 2030, para atingir a neutralidade de carbono até 2050.
O facelift desta décima geração, aplicado no fim de 2020, foi mínimo e o visual do modelo praticamente não mudou. Na dianteira, o sedã ganha novo para-choque, grade e faróis de neblina em LED. As rodas de 17 polegadas com acabamento escurecido também são inéditas. Já na traseira, a parte inferior do para-choque ganhou um novo acabamento. Na versão híbrida, as logomarcas da Honda ganharam acabamento em azul, além da identificação da tecnologia “e:HEV”.
Para o Brasil, a grande novidade está mesmo na motorização híbrida, denominada e:HEV, composta por dois motores elétricos e um motor a combustão. No caso dos motores elétricos, um atua como gerador de energia, enquanto o outro, com 184cv de potência e 32,1kgfm de torque, traciona o veículo. Já o motor a combustão é um 2.0 que opera no ciclo Atkinson (mais eficiente), com 145cv e 17,8kgfm. Ao assumir o volante, o motorista escolhe entre três modos de operação, dependendo da situação de condução, sempre em busca de maior eficiência: EV Drive (100% elétrico), Hybrid Drive e Engine Drive.
Nos modos EV Drive e Hybrid Drive, a tração sempre ocorrerá apenas por meio do motor elétrico. A única diferença é que, no modo Hybrid Drive, o motor a combustão vai entrar em funcionamento junto com o motor elétrico gerador, para fornecer energia às baterias. Já no modo Engine Drive, acionado em velocidades mais altas, o motor a combustão passa a tracionar as rodas, já que está trabalhando em sua faixa de maior eficiência energética.
Em resumo, o modo EV Drive (100% elétrico) é utilizado em condições de baixa velocidade, ou de aceleração suave. O motor a combustão opera no modo Engine Drive quando trabalha em sua faixa ideal de carga e rotação. Já o modo Hybrid Drive opera entre essas duas condições, buscando a máxima eficiência nas diferentes condições de rodagem.
O uso da motorização híbrida resultou em baixo consumo de combustível, que, segundo padrões do Inmetro, ficou em 17,6 km/l na cidade e 17,1 km/l na estrada. O Accord híbrido tem sistema de regeneração de frenagem regulável em quatro estágios, bastando tirar o pé do acelerador para desacelerar o veículo, com o retorno de energia às baterias. Conforme o estilo de condução, também é possível optar entre os modos Sport e Econ, que alteram a resposta do veículo.
INTERIOR Com a inserção do sistema híbrido, o quadro de instrumentos traz novo grafismo, mais adequado para todas as funcionalidades existentes. O conjunto de baterias e a unidade de controle de energia foram colocados sob o banco traseiro. Graças a isto, o Accord híbrido oferece aos ocupantes o mesmo espaço interno da versão com motor à combustão. Assim, o banco pode ser rebatido e o porta-malas tem os mesmos 573 litros.
CONECTIVIDADE O sistema de áudio agora permite a integração com as tecnologias Apple CarPlay e Android Auto sem a necessidade de fios. O modelo também oferece carregador do smartphone por indução no console central. Os passageiros do banco traseiro passam a contar com duas saídas USB adicionais, que permitem a recarga de dispositivos eletrônicos.
SEGURANÇA O Honda Sensing foi aprimorado, incorporando a frenagem autônoma em manobras de baixa velocidade, caso detecte a possibilidade de colisão. De acordo com a Honda, o assistente de permanência em faixa e o controle de cruzeiro adaptativo foram aperfeiçoados, ganhando funcionamento mais preciso e intuitivo. O pacote de segurança do Accord Híbrido é de série, trazendo ainda sistema de frenagem para mitigação de colisão e evasão de pista. Outra novidade é a adoção do alerta de uso do banco traseiro, que emite um aviso ao condutor indicando que algo pode ter sido esquecido no banco de trás.