Uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia mostra que um em cada cinco donos de carros elétricos voltaram a usar modelos movidos a gasolina nos Estados Unidos. O motivo seria a demora para a carga das baterias dos veículos.

Um exemplo disso é a diferença entre um Ford Mustang comum e um elétrico Mach-E. Encher o tanque demora três minutos e dá autonomia de 480 km, enquanto uma hora conectado a uma tomada doméstica fornece carga para rodar apenas 5 km.

Carregar a bateria dos veículos elétricos é uma dor de cabeça para alguns motoristas.Carregar a bateria dos veículos elétricos é uma dor de cabeça para alguns motoristas.Fonte:  PV Magazine/Reprodução 

Nos EUA, o padrão das tomadas residenciais é de 120 volts de energia – conhecidas como “Nível 1”. São raros os locais com conexões de alta potência que oferecem 240 volts, o que é considerado “Nível 2”.

Assim, mais de 70% dos usuários não têm acesso ao Nível 2 de potência de carregamento em suas casas. Além disso, os motoristas também não encontram essa categoria de conexão no trabalho.

“Se você não tiver acesso a uma fonte Nível 2, é quase impossível manter um elétrico”, explica Kevin Tynan, jornalista automotivo da Bloomberg. O especialista conta que testou diversas marcas e modelos ao longo dos anos para suas pesquisas.

Em comparação, os postos Superchargers da Tesla fornecem tomadas de 480 volts de energia. Embora ofereça carga ultrarrápida, as baterias demoram pouco mais de uma hora para atingir 100%.

Nem todos os postos públicos têm opção de carga ultrarrápida nos EUA.Nem todos os postos públicos têm opção de carga ultrarrápida nos EUA.Fonte:  Electrek/Reprodução 

Uma pedra no caminho da transição para elétricos

Para os especialistas, essa tendência pode dificultar a transição para os elétricos na Califórnia e em outros países. Tal como, as montadoras terão um novo obstáculo antes de atingir as metas de uma frota 100% livre de emissões.

“Não se deve presumir que, dado que um consumidor adquira um elétrico, ele continuará possuindo um”, escrevem Scott Hardman e Gil Tal, pesquisadores da Universidade da Califórnia.

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