Dyson mostra mais de seu crossover elétrico com alcance de 1.000 km

Como seria bom um carro elétrico com autonomia que pudesse cobrir a distância entre São Paulo e Goiânia ou mesmo entre a capital paulista e Brasília? Pois é, esse carro iria existir, se a empresa que o projetava, não tivesse desistido da ideia.

A Dyson, marca de eletroeletrônicos muito conhecida na Europa e outros países, decidiu entrar no jogo do carro elétrico por meio de seu próprio fundador. Após gastar mais de meio bilhão de dólares no projeto, Sir James Dyson jogou a toalha.

Dyson mostra mais de seu crossover elétrico com alcance de 1.000 km

O bilionário que fez fortuna com aspirador de pó, não conseguiu fechar a difícil equação dos custos de desenvolvimento e produção, não tornando assim viável o crossover batizado de N526. Esse veículo de linhas que lembram a proposta de estilo da Lucid Motors, tinha uma vantagem sobre os demais, o alcance.

Dotado de baterias de lítio de 150 kWh, o N526 tinha 5,00 m de comprimento, 2,00 m de largura, 1,70 m de altura e um entre eixos de mais de 3,00 m. Com tudo isso, ele levaria 7 pessoas com muito conforto e luxo, afinal, seu preço era exorbitante, estimado em US$ 190.000.

Dyson mostra mais de seu crossover elétrico com alcance de 1.000 km

O N526 tinha ainda 544 cavalos e 66 kgfm, indo de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos e com final de 201 km/h. Tudo isso seria oferecido, mas deu errado. Por que? Sir James Dyson explica: “Desenvolvemos nosso carro desde o início e não pedimos peças emprestadas de outros fabricantes”.

Com dinheiro do próprio bolso, o bilionário australiano disse que o projeto não incluía apenas um modelo, mas uma família de carros sobre a plataforma que eles criaram.

Dyson mostra mais de seu crossover elétrico com alcance de 1.000 km

Dyson falou ainda que não ficou surpreso ao andar no carro e procurou por melhorias, a fim de aprimora-lo. Ele explica que a plataforma tinha baterias num pacote que fazia parte da estrutura para torna-lo mais leve e, assim, mais eficiente. Com ambiente amplo, dotado de bancos com múltiplas espumas, o N526 teria até um sofisticado sistema de filtragem do ar.

Sobre os custos, Dyson dá o motivo que o levou à desistir do projeto: “Os carros elétricos são muito caros de fabricar. A bateria, o gerenciamento da bateria, a eletrônica e o resfriamento são muito mais caros do que um motor de combustão interna.”, explica.

Dyson mostra mais de seu crossover elétrico com alcance de 1.000 km

O bilionário afirmou ainda que Audi, BMW e Mercedes, entre outros, estão tendo enormes perdas com eles, para baixar suas médias de emissão na Europa. “Eu não tenho uma frota. Eu tenho que lucrar com cada carro ou eu colocaria em risco toda a empresa. No final, foi muito arriscado.”, sentencia. Uma pena, realmente.

Dyson N526 – Galeria de fotos

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