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Conforme já comprovado pela Volvo em um teste feito com o XC40 Recharge na China no ano de 2021, um veículo elétrico pode, sim, funcionar totalmente submerso, mas isso não significa que seja recomendável encarar uma enchente a bordo de um elétrico.

As baterias são envoltas com materiais de alta vedação. E como um carro elétrico não demanda o mesmo volume de ar para refrigeração, pois não tem um motor a combustão, é possível encontrar diversos vídeos com elétricos encarando enchentes. 

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É devido a esse mesmo motivo que, no teste realizado com o XC40, o SUV é colocado em um tanque cheio de água por um guindaste, ficando totalmente submerso. Depois, ao ser acionado por um controle remoto, o carro liga e sobe uma rampa tranquilamente.

Entretanto, você certamente poderá prejudicar outras partes do carro, além de colocar sua vida em risco. É o que nos conta Ricardo Takahira, engenheiro da Comissão Técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil.

Segundo ele, apesar de modelos elétricos serem capazes de andar em enchentes sem sofrer o chamado calço hidráulico, o ideal é não abusar, pois os materiais presentes no carro elétrico que contêm IP6, ou seja, que não passam corrente elétrica, podem se desgastar e assim, perder a impermeabilidade.

“Por mais seguro que o veículo seja, o ideal é não arriscar”, alerta o engenheiro.

Outra diferença do motor elétrico para um a combustão é o contato de ambos com a água. Enquanto o tradicional sofre um choque térmico maior, fazendo com que o carro a combustão pare imediatamente, independente do calço hidráulico, o elétrico é capaz de seguir viagem.

Takahira também nos falou de uma situação hipotética: sair com o carro elétrico na chuva e ter que carregar o seu veículo no meio do dia em uma estação descoberta.

Apesar de toda a segurança das estações de carregamento, o engenheiro afirma que o ideal é se precaver: “Temos muita tecnologia hoje, mas é sempre bom lembrar que água e eletricidade não se misturam”, resume.

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