A eleição presidencial nos será um ponto crítico para o futuro dos carros elétricos na maior economia do mundo, aponta a . Artigo assinado pelo vice-presidente para as Américas, Ed Crooks, aponta que a falta de apoio de para a expansão da rede de recarga e o relaxamento de exigências sobre as montadoras são os fatores mais significativos para impedir o crescimento do mercado de elétricos.

A falta de apoio coloca em dúvidas até mesmo a recuperação do setor após a crise econômica iniciada com a pandemia da covid-19. Desde janeiro, quando a doença chegou aos Estados Unidos, a participação das vendas de carros elétricos no mercado de norte-americano caiu mais de 50%, de acordo com dados coletados pela própria Wood Mackenzie.

Em abril, foram vendidos apenas mil carros elétricos no país, o que significa cerca de 0,8% das vendas totais de automóveis. Mas a marca representa menos de 1/3 das vendas de janeiro. Naquele mês, os veículos elétricos somaram 3% do mercado, com cerca de 3.300 vendas.

“Com a recessão mais acentuada da economia norte-americana desde a década de 1930, que atingiu empregos e rendas, os compradores parecem ter decidido que não é o momento de pagar custos mais elevados para ter um ”, diz Crooks.

PUBLICIDADE

Esta semana, o Secretario de Energia dos EUA, Dan Brouillette, rejeitou quaisquer possibilidades de políticas públicas federais de incentivo às fontes renováveis, durante conversa com Fatih Birol, ao vivo, no canal da IEA. Defende que a transição ocorrerá pela força exclusiva do mercado.

“Acreditamos na agilidade de baixo para cima, em vez de ordens de cima para baixo. Algumas pessoas argumentam o contrário e eu entendo isso. Elas insistem que os governos sabe o que é melhor e devem favorecer algumas empresas por meio de subsídios, enquanto penalizam outras”, afirmou.

Dan Brouillette, contudo, não desprezou a necessidade de os EUA se tornarem uma liderança global em energias renováveis, mas não acredita em intervenções que provoquem um redesenho forçado do mercado americano.

Falta de apoio mantém EUA atrás de Europa e China

O cenário negativo faz o vice-presidente da Wood Mackenzie acreditar que o sonho de da frota na maior economia do mundo só será possível com o apoio do governo federal. A consultoria acredita que o cenário atual será determinante para manter os EUA atrás da Europa e da China no processo de da frota por pelo menos cinco anos.

O documento aponta que o fator crucial que conseguiu impulsionar as vendas dos veículos elétricos sobre os automóveis a combustão nos últimos anos foi a imposição de patamares mais altos de eficiência energética sobre o setor automobilístico feitas no governo do ex-presidente Barack Obama.

O ex-presidente democrata reformulou as exigências de economia média de combustível por quilometragem para a indústria, contidas no chamado programa CAFE (Corporate average fuel economy), existente desde a década de 1970.

Atualmente, no entanto, o presidente Donald Trump tem trabalhador para tornar esses requisitos menos exigentes.

Outra postura do governo Trump que impacta o sucesso dos veículos elétricos é falta de apoio para a construção de redes de recarga, que já estão aquém da demanda em diversas regiões do país.

Biden promete 500 mil novas tomadas de recarga até 2030

Uma posição oposta sobre o setor é vista na plataforma de Joe Biden. O candidato democrata afirma que vai trabalhar com estados e cidades para implantar 500 mil pontos de recarga de veículos elétricos até o final de 2030, prometendo para isso um investimento de US$ 1 bilhão ao ano durante os próximos cinco anos.

Biden também promete impor um novo padrão de economia de combustível que iria além das exigências feitas no governo Obama. E afirma que investirá mesmo em tecnologias menos consolidadas, como as rodovias eletrificadas, capazes de recarregar veículos durante a viagem.

As propostas para acelerar a eletrificação da frota são pontos de destaque na divulgação da plataforma de governo de Biden, que promete investir US$ 400 bilhões em dez anos em pesquisa e inovação em energia limpa.

Queda do preço do petróleo não é fator relevante para a retração das vendas

Para a Wood Mackenzie, a queda dos preços do petróleo e seus derivados durante a crise atual não foi representou um impacto significativo para a redução da participação dos carros elétricos nas vendas nos Estados Unidos este ano. Isso porque mesmo com preços dos combustíveis relativamente baixos nos EUA há anos, os carros elétricos ainda representam apenas um nicho de mercado no país.


De segunda a sexta, pela manhã, assinantes da newsletter Comece seu dia recebem por e-mail um briefing produzido pela agência epbr com os principais fatos políticos, notícias e análises sobre o setores de petróleo e energia.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here