Executivos da GM, Localiza Hertz e Isobar comentaram sobre o tema em um novo webinar exclusivo na Consumidor Moderno. Teremos um superapp na mobilidade?

Foto Michael Marais: Unsplash

Com a pandemia do novo coronavírus, de repente, a imobilidade urbana característica ganhou um respiro. Ruas e avenidas vazias, metrôs estranhamente solitários e patinetes esquecidos. A discussão sobre a mobilidade ganhou novos contornos, condicionada à busca por bem-estar, saúde e segurança nos deslocamentos necessários e imprescindíveis. E para abordar o tema, a Consumidor Moderno realizou mais um webinar exclusivo, para discutir as transformações na mobilidade urbana.

Desta vez os convidados foram: Bruno Campos, diretor de Marketing Digital e Mídia da América do Sul na General Motors, Antonio Augusto Santos, diretor de Marketing da Localiza Hertz e Ana Leão, diretora geral da Isobar.

Tendências no setor de mobilidade urbana

Recentemente, a consultoria global KPMG elaborou um estudo que aponta os carros elétricos e autônomos, além da mobilidade como um serviço, sendo as três  inovações disruptivas do segmento. Estes modelos vieram de fato para ficar?

“Tudo o que a gente fala sobre mobilidade vai passar por uma visão. Do patinete até mesmo os aplicativos de mobilidade, talvez não tenham mais a mesma demanda que tinham antes. E as pessoas tendem a esquecer do trauma e voltarem a normalidade”, descreve Campos. “O carro elétrico é inevitável, a gente precisa dele. Já trouxemos o Bolt, e estamos lançando caminhonetes e SUVs. Dentro de cinco a dez anos vamos mudar a nossa matriz de combustão para híbrido e elétrico.”

A GM, empresa centenária e uma das maiores montadoras de automóveis do mundo, atualmente, tem a visão de criar um mundo sem acidentes, congestionamentos e emissões de poluentes. 

Leão aponta que é necessário analisar o contexto no qual a mobilidade está inserida, no meio urbana ou rural. “A mobilidade está relacionada com a presença, para poder ser um indivíduo produtivo na sociedade”, conta. “Qual é o futuro da mobilidade? Isso passa pela questão da tecnologia. Esta tem que ser analisada sobre o ponto de vista para resolver problemas humanos reais e imediatos. O carro elétrico e autônomo está on the go, não está pronto ainda. Nós não temos a infraestrutura e legislação, mas deve vir com uma vertente muito mais ligada a ecologia e sustentabilidade do que a mobilidade propriamente dita.” 

No caso do carros autônomos, o consenso dos convidados foi de que falta infraestrutura no Brasil, principalmente na banda e capacidade de internet, além dos desafios legais que surgem com estes novos veículos.

“Os veículos autônomos vão nos dar o tempo de volta que perdemos em trânsito e deslocamento. E passaremos a ter a oportunidade de ler e fazer calls“, comenta Santos.

Influência da pandemia na servitização da mobilidade

“No caso da servitização, a pandemia atrasou, mas ela não tirou isso. A idade média do brasileiro tirar a carteira de motorista é de 25 anos. O jovem já não olha o carro como quem tem mais de 35 anos. Acho que isso é inevitável”, diz o diretor de Marketing Digital e Mídia da América do Sul na GM.

O executivo da Localiza Hertz entende que a mobilidade, como serviço, dependerá das diferentes jornadas dos clientes: “A substituição da posse dos veículos pelo uso deles é uma crescente. Por vezes você tem o compartilhamento de veículos no dia a dia, especialmente nos grandes centro urbanos e o cliente que precisa de um deslocamento no final de semana.”

Vamos ver um superapp na mobilidade?

Campos lembrou que outras empresas, fora do ramo da mobilidade, possuem projetos para ingressar no segmento, como a Sony e o Google. Desta forma, ele comenta que muitos estão de olho, porém aguardando o momento em que o negócio será rentável, muito por conta da depreciação dos veículos.

“A minha visão é de que os grandes players do mercado vão entrar em parceria com alguém. Montadoras, locadoras ou um grande player de tecnologia, eles vão abocanhar este mercado”, diz o executivo.

Já o diretor de Marketing da Localiza Hertz vê os superapps como uma tendência, mas inchada.

“Na mobilidade urbana via de regras as pessoas fazem os mesmos percursos, com uma determinada frequência nos dias de semana, e eles tendem a ser bem respetivos. E isso faz com que as pessoas usem um determinado modal com uma certa frequência e faz com que a recorrência destes superapps seja um pouco menor. E outro ponto, os superpps que oferecem diversas plataformas de mobilidade, eles atendem a necessidade de um usuário do ponto A para o B, mas a principal necessidade quando a gente olha de uma forma ampla o país, eles precisam ser computados dentro de um mesmo bilhete”, descreve Santos.

Quer saber mais sobre como superar o desafio de transportar milhões de pessoas com segurança, combatendo a transmissão de vírus e como a crescente no perfil de usuários das locadoras está ligado ao crescimento dos aplicativos?

Confira o webinar completo na imagem abaixo:

mobilidade urbana

Imagem Grupo Padrão


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