O mundo do automóvel continua em meio a um turbilhão de acontecimentos, dúvidas, previsões, novas parcerias. E tudo, obviamente, em meio a uma pandemia fica ainda mais difícil de analisar ou prever.
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No entanto, os planos são apresentados e merecem atenção. Afinal, com o meio ambiente não se brinca, apesar da distância entre querer e poder.
Na semana passada, a GM distribuiu nos EUA um comunicado importante. Pretende eliminar as emissões, tanto de CO2 como dos poluentes regulados, em novos veículos leves até 2035.
Para isso, planeja fabricar a partir daquele ano exclusivamente modelos 100% elétricos. Até mesmo o novo logotipo da companhia tem um “m” minúsculo estilizado, que lembra um conector elétrico.
A empresa, porém, foi cuidadosa ao afirmar que continuará a melhorar seus produtos atuais. Afinal, estes representam mais de 95% de suas vendas hoje, nos EUA.
Também pretende promover a aceitação dos consumidores de automóveis, crossovers, SUVs e picapes. Fica nas entrelinhas que, em um país de dimensões continentais, pode haver alguma cautela ou incerteza. Em um intervalo de 15 anos, virar a cabeça de 100% dos motoristas não será fácil.
Em outra parte do comunicado, a GM reconhece que “embora os veículos elétricos em si não emitam gases, é fundamental que sejam carregados com eletricidade gerada por fontes renováveis, como eólica e solar”.
Esse ponto, aliás, tem sido negligenciado em muitas discussões. Por mais de uma vez, venho apontando os desafios que isso representa. O engenheiro Ricardo Abreu, da consultoria Bright, escreveu em artigo recente:
“Hoje, solar e eólica respondem por apenas 3% da energia total gerada no planeta e demoraremos décadas para que essa participação se torne razoável.”
No mesmo artigo, ele lembra que um híbrido a etanol produzido no Brasil é competitivo em termos de emissão de CO2 se comparado a um automóvel elétrico.
Para isso deve-se avaliar todo o processo, desde a produção do veículo e seus componentes, principalmente a bateria, durante pelo menos 100.000 km em uso urbano. Antonio Filosa (Stellantis) e Pablo Di Si (VW) também já manifestaram esse ponto de vista.
Em resumo, o rumo para a era elétrica é o correto, mas o ritmo está sujeito a condicionantes de país a país.
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