Enquanto as gigantes do setor automotivo investem em novos carros elétricos, a atual frota brasileira pode contar com serviços que visam a conversão de um motor a combustão para um 100% elétrico. Veja como funciona.
Seu carro atual com motor elétrico: ação é possível através do avanço de tecnologias no segmento de carros elétricos
Recentemente, o Garagem360 exibiu os detalhes do Fusca elétrico, um produto desenvolvido em parceria com duas empresas de tecnologia brasileiras.
O modelo serve de exemplo para um novo leque de opções rumo a um futuro eletrificado. Afinal, depender apenas dos novos lançamentos das montadoras para atingir uma frota majoritariamente eletrificada no mercado nacional, irá demandar tempo e muito investimento.
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Em entrevista ao Garagem360, Leonardo Fontolan, diretor executivo da Fueltech, uma das empresas à frente do projeto, dar a opção ao consumidor de converter o atual veículo a combustão em um modelo elétrico é mais um impulso rumo a um futuro ecologicamente sustentável.
“As montadoras desenvolvem novos produtos, novos carros. Mas a gente desenvolve a tecnologia para atender a frota já existente”, explica o executivo.
Ele também ressalta que além do apelo econômico e sustentável, a conversão de carros elétricos já existentes também está relacionado com a intenção de dar uma nova vida ao veículo, seja por predileção de marca e até mesmo de apelo sentimental.
Questionado sobre o valor, Leonardo ressalta que nem todo mundo está disposto a pagar R$ 139.990 em um Caoa Chery – atual carro elétrico mais barato do Brasil – ou R$ 150 mil em um Kwid E-Tech ou um JAC E-JS1.
“Por esse preço o cara quer levar para casa um Tesla, mas um desses custa R$ 800 mil.” Reforça, Leonardo.
Conversão tem valor médio de R$ 100 mil, mas pode variar
O executivo explica que a Fueltech é um empresa que dentre os diversos segmentos, também desenvolve tecnologias capazes de realizar a conversão de um modelo a combustão em totalmente elétrico, sendo que a prática em si, é realizada por uma série de empresas parceiras.
Para método de comparação, o Fusca elétrico citado no início da reportagem gerou um custo de em média R$ 100 mil.
O valor mais elevado é justificado em grande parte pelo conjunto de baterias, um problema que também atinge as diversas montadoras ao redor do mundo, que buscam desenvolver novas tecnologias para baratear o custo e tornar o produto final mais acessível.
No entanto, o clássico da Volkswagen tem uma autonomia média de 150 km, e por se tratar de um serviço personalizado, o custo pode variar, inclusive para menos, tendo em vista que, se o cliente contar com uma necessidade diária de 40 km, para ir e voltar ao trabalho, por exemplo, esse custo pode ser reduzido com uma bateria de menor capacidade.
Volkswagen Gol CL 94 também adaptado
Além do VW Fusca, a parceria das empresas também renderá um Volkswagen Gol CL 94 totalmente eletrificado. A escolha do modelo está relacionado com o fato de ele ter sido o primeiro carro nacional com injeção eletrônica.
A parte de conversão elétrica do modelo já está pronta, porém, o veículo ainda está em fase de modificação estética.
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