RIO — Depois do lançamento da startup Eve, que desenvolve protótipos de carros voadores, no mês passado, a Embraer anunciou hoje um acordo de cooperação com a multinacional do setor elétrico EDP para pesquisa do avião elétrico. O protótipo, que já está em desenvolvimento, tem o primeiro voo previsto para 2021.
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A Embraer já realiza estudos sobre o armazenamento de energia de alta tensão mas como integrar baterias e motores elétricos para aumentar a eficiência energética dos sistemas propulsivos das aeronaves ainda é um dos principais desafios no desenvolvimento de um avião elétrico. O financiamento da divisão EDP Smart, cujo valor não foi relevado, será usado para comprar soluções tecnológicas de armazenamento e recarga de baterias para a aviação.
Os testes em solo acontecem na Unidade da Embraer em Botucatu, interior de São Paulo. Já o primeiro voo será na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Por enquanto, para os ensaios, está sendo utilizado como plataforma demonstradora um avião de pequeno porte monomotor que realiza avaliação primária das tecnologias de eletrificação.
O processo de eletrificação da aviação faz parte de um conjunto de esforços realizados pela Embraer e outras empresas do setor aeronáutico para cumprir compromissos de sustentabilidade ambiental, como que já vem sendo feito com biocombustíveis para redução de emissões de carbono.
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— A EDP tem como propósito liderar a transição energética para uma economia de baixo carbono. A parceria com a Embraer no desenvolvimento do seu primeiro avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica representa uma nova fronteira do nosso investimento em mobilidade elétrica, contribuindo para posicionar o Brasil como um player de ponta neste mercado — afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil. A empresa se comprometeu a eletrificar 100% de sua frota até 2030, assim como o de desenvolver novas ofertas e soluções comerciais que promovam a transição energética.