Com a chegada dos carros elétricos ao nosso mercado, os brasileiros começam a ter dúvidas, digamos, acronímicas em relação a uma série de siglas. Pois se quando falamos em “veículos elétricos” imaginamos um modelo movido a baterias, na verdade, estamos nos referindo a uma categoria com diferentes possibilidades.
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Para que você não se perca em meio a tantas combinações de letras, iCarros preparou este pequeno dicionário – ou, quem sabe, e-dicionário – com as siglas mais comuns no segmento. Em caso de dúvida, é só consultar.
EV – de “Electric Vehicle”, ou veículo elétrico. Há quem use a sigla para definir todo e qualquer carro que utilize eletricidade para se mover – seja ele híbrido ou puramente elétrico. Por definição, porém, a sigla indica que o carro é movido somente por um ou mais motores elétricos, alimentados exclusivamente por baterias.
Modelos assim precisam ser recarregados em tomadas – que podem ser comuns ou especiais. Dependendo do tipo de corrente elétrica fornecida por essa tomada, a carga (parcial ou total) pode demorar mais ou menos. Esse tipo de carro não emite nenhum gás poluente.
BEV – de “Batery Electric Vehicle”, ou veículo elétrico a bateria – o mesmo que EV.
HEV – de “Hybrid Electric Vehicle”, ou veículo elétrico híbrido. O Toyota Prius, primeiro automóvel da chamada era da eletrificação a chegar ao mercado em larga escala (na virada do século) utilizava – e ainda utiliza – esse sistema, no qual convivem dois tipos de motor. Um a combustão, geralmente de maior potência, e outro (ou outros) elétricos, funcionando de forma escalonada ou combinada.
Em velocidades mais baixas e por distância mais curtas, o carro pode funcionar no modo apenas elétrico. Quando há necessidade de maior potência ou em trajetos mais longos, o “colega” a combustível é ligado (geralmente de forma automática) para somar potência ou, dependendo do caso, assumir completamente a propulsão do veículo.
Além de uma expressiva redução no consumo de combustível, claro, esse tipo de automóvel emite uma quantidade consideravelmente menor de gases poluentes, especialmente quando usado em ciclo urbano.
O motor a combustão também funciona recarregando as baterias – que não podem ser reabastecidas de outro modo.
E, em praticamente todos os modelos híbridos atuais, há ainda sofisticados sistemas de recuperação, que aproveitam a energia gerada em frenagens e “banguelas” (aqueles períodos em que o carro corre solto) para recarregar, também.
PHEV – de “Plug-in Hybrid Electric Vehicle”, ou veículo elétrico híbrido recarregável (ou, ao pé da letra, “conectável”). Este é um tipo mais versátil de carro híbrido, que combina os recursos e possibilidades de um “puro elétrico” (EV) com as de um híbrido comum (HEV).
Nele também estão os dois tipos de motor, que podem funcionar alternadamente ou de forma combinada – “somando esforços” em prol de um melhor desempenho. Além disso, podem ser conectados a uma tomada para recarregar suas baterias.
Ou seja, na prática, esses híbridos plug-in, quando usados em percursos curtos (de em média, entre 40 e 50 km), funcionam como carros puramente elétricos. E, na estrada – ou outros trajetos maiores – podem operar como carros a combustão normal. Normalmente, também incorporam sistemas de recuperação de energia.
Tal como o híbrido “comum”, o PHEV oferece maior economia de combustível e baixas emissões de gases poluentes como principais vantagens.
FCEV – de “Fuel Cell Electric Vehicles”, ou veículos elétricos movidos por célula de combustível. Aqui o carro utiliza hidrogênio líquido pressurizado que, combinado ao ar, gera a eletricidade necessária para mover seus motores elétricos.
Diferentemente dos demais modelos eletrificados, o FCEV não precisa de um grande e pesado conjunto de baterias para funcionar. Tal como um veículo a combustão, ele leva seu suprimento de combustível em um tanque, que é abastecido, em poucos minutos, em postos de serviço espalhados por ruas e estradas.
O hidrogênio líquido é obtido por meio da eletrólise – processo que tem como ingredientes a eletricidade e a água.
Tal como os modelos EV, ele não emite nenhum gás poluente (de seu escapamento, sai apenas vapor d’água, em pequena quantidade). Embora ainda não tenham chegado ao Brasil, já são relativamente comuns no Japão e nos EUA.
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